Muita coisa mudou de um ano para
cá, para melhor acredito. Os que fazem seu trabalho encarando os problemas
diários encontrados na equipe e fora dela parecem estar respondendo de acordo
com os gostos da torcida, ou com novas contratações, com novos técnicos e com
investimentos fora de campo. Talvez nem tivéssemos de que reclamar se o futebol
fosse baseado na ideia desta repugnante vitrine supérflua, não deixa de ser,
mas ignorando o estilo e a firula, os mais críticos preferem se dedicar
exclusivamente aos capazes de assinalar os erros em campo e não de descartá-los,
e é então neste ponto que a discussão se inicia.
Era noite de gala, importantíssima para o Grêmio em todos os
quesitos, era a chance de manter um sonho vivo, acordado, de pé. Na teoria era
apenas uma boa jogada de marketing, um bom planejamento e jogadores
capazes de entrar em campo e jogar futebol. Pois bem meu caro, não é assim que as
coisas funcionam. Na prática, contra o tão temido Fluminense, Zé Roberto foi a
peça fundamental, decisivo, de equilíbrio e experiência conseguiu dar o tempo da
jogada para que o Grêmio ficasse com maior posse de bola no seu campo
ofensivo, porém o que pesou foram os erros “ignorados” do primeiro parágrafo que
renderam um empate de sinônimo “justo” para ambos os times.
Postergar a maneira errônea de como alguns jogadores entram
em campo, neste caso Marcelo Moreno, é o mesmo que dar o tiro no próprio pé,
foi gritante, apelante, ridículo. Toda a ambição que até então o Grêmio tinha
ao enfrentar o Fluminense fora de casa foi (na maior parte) destruída por um
erro banal de um jogador que muito já contribuiu, porém hoje através de uma
infantilidade desandou o que podíamos estar comemorando: uma vitória. Não
existiam facilidades para este jogo, portanto era no mínimo fundamental que erros
fúteis fossem evitados.
De certa maneira o Grêmio soube conduzir a partida depois
dos imprevistos, não saiu apenas no erro do adversário e avaliou bem quais eram
suas prioridades, como placar final o empate de nada serviu, porém no enfrentamento
do jogo se for levar em conta a disputa, superamos em termos de finalização e de
criação o Fluminense . De todos os males o mais tranquilo digamos, apenas um
ponto que ainda não nos tira da disputa, mas um jogo para refletir
principalmente sobre os variados comportamentos que temos dentro do time, desde
um goleiro que salva, mas por vezes erra e acaba comprometendo, até um atacante
que muito já fez mas hoje se queimou frente a sua torcida.
Funções que exigem qualidade, mas principalmente inteligência
para poder administrar. Assim ressurge uma esperança deste Grêmio da alma castelhana
que por um fio ainda conseguiu colocar justiça no marcador.
Não tá morto quem luta e quem peleia.