Não foi apenas UM erro que quase eliminou o Grêmio da Sul
Americana nesta noite, dentre os vários podemos citar um que talvez seja o
responsável pelos outros que resultaram no placar final da partida, o fato de
que o Grêmio (não só hoje) confiou sua classificação apenas ao resultado com
que entrou em campo. No primeiro jogo a vitória do Grêmio no Olímpico veio
através da superioridade que tivemos ao enfrentar o adversário. Apesar da “ligeira”
vantagem sabíamos da qualidade que estávamos por encontrar novamente. Um erro
fatal, que felizmente (e por sorte) pôde ser confrontado apenas pelo achismo, até
porque uma partida como esta exigia um Grêmio muito maior.
O Coritiba é um time que joga para frente, é composto de um
ataque que precisa ser milimetricamente marcado, uma defesa altamente perigosa
a qual merece atenção redobrada, este definitivamente era um jogo de pura
estratégia. Luxemburgo talvez não tenha
sido competente o suficiente ao escalar seu grupo. A escalação com Marquinhos
seria um problema, afinal Elano e Zé Roberto constituíam uma dupla de armadores
magnífica. Não foi diferente, para um jogador que tem entrado bem apenas no
segundo tempo seria no mínimo óbvio que sofreríamos ao decorrer da partida.
Kleber Gladiador antes de a partida começar era indicado como
mais do que importante, ele era fundamental. Interessante que ao decorrer do
jogo a tal força máxima, e a briga pela posse de bola foram características de
Elano, Pico, Pará, Moreno, mas não Kleber, este foi muito inferior ao que
costumamos ver. O Grêmio inverteu
completamente a tendência de jogo, tirou o máximo do proveito da vantagem que
ganhou em Porto Alegre e, de igual para igual em vários sentidos, usufruindo
dos inúmeros adjetivos que o denominam, conquistou uma classificação histórica.
A lógica parece não fazer mais sentido quando o impossível
acontece. Na tentativa de conter esse ímpeto ofensivo do Coritiba, o Grêmio, em
uma jogada que parecia não dar em nada, marcou o início de uma bela campanha
pela Sul Americana. Esta se justifica através da importância de ter um centroavante
mobilizado o tempo inteiro, ou pela necessidade de passar por cima de uma sina que
parecia nunca acabar. Porém ainda prefiro acreditar que esta se justifica
através da pertinência pela vitória, uma vontade incomparável de ser chamado de
imortal.
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