quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Definindo imortalidade


Não foi apenas UM erro que quase eliminou o Grêmio da Sul Americana nesta noite, dentre os vários podemos citar um que talvez seja o responsável pelos outros que resultaram no placar final da partida, o fato de que o Grêmio (não só hoje) confiou sua classificação apenas ao resultado com que entrou em campo. No primeiro jogo a vitória do Grêmio no Olímpico veio através da superioridade que tivemos ao enfrentar o adversário. Apesar da “ligeira” vantagem sabíamos da qualidade que estávamos por encontrar novamente. Um erro fatal, que felizmente (e por sorte) pôde ser confrontado apenas pelo achismo, até porque uma partida como esta exigia um Grêmio muito maior.

O Coritiba é um time que joga para frente, é composto de um ataque que precisa ser milimetricamente marcado, uma defesa altamente perigosa a qual merece atenção redobrada, este definitivamente era um jogo de pura estratégia.  Luxemburgo talvez não tenha sido competente o suficiente ao escalar seu grupo. A escalação com Marquinhos seria um problema, afinal Elano e Zé Roberto constituíam uma dupla de armadores magnífica. Não foi diferente, para um jogador que tem entrado bem apenas no segundo tempo seria no mínimo óbvio que sofreríamos ao decorrer da partida.

Kleber Gladiador antes de a partida começar era indicado como mais do que importante, ele era fundamental. Interessante que ao decorrer do jogo a tal força máxima, e a briga pela posse de bola foram características de Elano, Pico, Pará, Moreno, mas não Kleber, este foi muito inferior ao que costumamos ver.  O Grêmio inverteu completamente a tendência de jogo, tirou o máximo do proveito da vantagem que ganhou em Porto Alegre e, de igual para igual em vários sentidos, usufruindo dos inúmeros adjetivos que o denominam, conquistou uma classificação histórica.

A lógica parece não fazer mais sentido quando o impossível acontece. Na tentativa de conter esse ímpeto ofensivo do Coritiba, o Grêmio, em uma jogada que parecia não dar em nada, marcou o início de uma bela campanha pela Sul Americana. Esta se justifica através da importância de ter um centroavante mobilizado o tempo inteiro, ou pela necessidade de passar por cima de uma sina que parecia nunca acabar. Porém ainda prefiro acreditar que esta se justifica através da pertinência pela vitória, uma vontade incomparável de ser chamado de imortal.   

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