quarta-feira, 2 de maio de 2012

Como diz o ditado



"O acaso não existe. Quando alguém encontra algo de que verdadeiramente necessita, não é o acaso que tal proporciona, mas a própria pessoa, seu próprio desejo e sua própria necessidade o conduzem a isso." A vitória da noite de hoje expressa exatamente o dito por Herman Hesse, não aconteceu por acaso, mas sim pela dominação ampla do Grêmio sobre o jogo. O Grêmio não só converteu as duas chances que teve, como apresentou cem por cento de aproveitamento, fato que apesar de ser corriqueiro no futebol, ligado a certa dose de sorte e claro, duas construções muito bem feitas fazem do Grêmio, essa noite, um time merecidamente vitorioso.

Totalmente contrário do Grenal que eliminou o Grêmio do estadual, as finalizações desta noite foram tranquilas, serenas, e claro, qualificadas. Os gols de alta categoria desmoralizaram totalmente o Fortaleza, construindo assim a melhor formação de meio campo que o Grêmio teve na era Luxemburgo, a formação na qual se deveria apostar mais, onde jogadores finalmente funcionam e a marcação existe.  O adversário muito pouco fez, a proteção defensiva desde o início nos dava a sensação de que permaneceria intacta durante a partida, tranquila acima de tudo, não permitiu nada ao Fortaleza. Moreno teve uma atuação muito boa considerando o tempo que ficou parado, André Lima nem tanto, o que nos faz repensar sobre sua permanência no time.

Principalmente com ímpeto ofensivo, Edilson chegou á frente com muita frequência, estava esperando a oportunidade, e agora está justificando sua permanência na equipe do Grêmio, Werlei também mantem-se seguro. O Grêmio em si demostrou absoluta autoridade, deu algum espaço ao Fortaleza, mas a marcação (pela primeira vez) foi mais rigorosa. O resultado foi do tamanho da superioridade do time gaúcho, e a tentativa correta e funcional de refazer o sistema defensivo nos deixa mais tranquilos, por ter conseguido principalmente preservar o resultado.

É sempre muito bom ver que o Grêmio a cada derrota busca entrar em campo na sua próxima partida com a cabeça erguida, e é justamente pelo que vi hoje que a partida contra o Fortaleza jamais poderá ser um pedido de desculpas ao torcedor.  Tiro essa conclusão por ter visto em um jogo de diferença de três dias após a eliminação, entradas corretas nos momentos oportunos, organização perfeita e passes exemplares, um ataque musical sonorizando cada gol feito e anunciando uma vitória esplêndida. Orgulho até certo ponto, mas vergonha para quem brincou de jogar em decisão.


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