"O acaso não existe. Quando alguém encontra algo de que
verdadeiramente necessita, não é o acaso que tal proporciona, mas a própria
pessoa, seu próprio desejo e sua própria necessidade o conduzem a isso." A
vitória da noite de hoje expressa exatamente o dito por Herman Hesse, não aconteceu
por acaso, mas sim pela dominação ampla do Grêmio sobre o jogo. O Grêmio não só converteu as duas chances que teve, como
apresentou cem por cento de aproveitamento, fato que apesar de ser corriqueiro
no futebol, ligado a certa dose de sorte e claro, duas construções muito bem
feitas fazem do Grêmio, essa noite, um time merecidamente vitorioso.
Totalmente contrário do Grenal que eliminou o Grêmio do
estadual, as finalizações desta noite foram tranquilas, serenas, e claro,
qualificadas. Os gols de alta categoria desmoralizaram totalmente o Fortaleza, construindo
assim a melhor formação de meio campo que o Grêmio teve na era Luxemburgo, a formação
na qual se deveria apostar mais, onde jogadores finalmente funcionam e a
marcação existe. O adversário muito
pouco fez, a proteção defensiva desde o início nos dava a sensação de que
permaneceria intacta durante a partida, tranquila acima de tudo, não permitiu
nada ao Fortaleza. Moreno teve uma atuação muito boa considerando o tempo que
ficou parado, André Lima nem tanto, o que nos faz repensar sobre sua
permanência no time.
Principalmente com ímpeto ofensivo, Edilson chegou á frente
com muita frequência, estava esperando a oportunidade, e agora está
justificando sua permanência na equipe do Grêmio, Werlei também mantem-se
seguro. O Grêmio em si demostrou absoluta autoridade, deu algum espaço ao
Fortaleza, mas a marcação (pela primeira vez) foi mais rigorosa. O resultado
foi do tamanho da superioridade do time gaúcho, e a tentativa correta e
funcional de refazer o sistema defensivo nos deixa mais tranquilos, por ter
conseguido principalmente preservar o resultado.
É sempre muito bom ver que o Grêmio a cada derrota busca
entrar em campo na sua próxima partida com a cabeça erguida, e é justamente pelo
que vi hoje que a partida contra o Fortaleza jamais poderá ser um pedido de
desculpas ao torcedor. Tiro essa
conclusão por ter visto em um jogo de diferença de três dias após a eliminação,
entradas corretas nos momentos oportunos, organização perfeita e passes
exemplares, um ataque musical sonorizando cada gol feito e anunciando uma
vitória esplêndida. Orgulho até certo ponto, mas vergonha para quem brincou de
jogar em decisão.
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