quinta-feira, 21 de junho de 2012

Doce ilusão


O Grêmio sonhava alto, tinha planos que pareciam invencíveis e um time que por vezes não demonstrava metade da ambição que dizia ter, um time titular em campo que prometia muito mais que um jogo, mas sim um milagre. Em campo ninguém era mais atração que Kleber, não apenas pelo passado que teve no Palmeiras, mas pela atuação que tem no Grêmio parecendo estar concentrado e disposto a vencer mais uma partida. Por fim aparentava estar bem emocionalmente, para os leigos era certo que a vitória pertenceria ao time sério e comprometido que entrou em campo vestindo azul, preto e branco. Uma ilusão arrancada do peito por problemas, na maior parte, emocionais que eliminaram de uma vez por todas o Grêmio da Copa do Brasil.

Desde o término do jogo passado sabíamos que a reação emocional seria o fator que iria definir o resultado desta noite, muito foco e concentração eram as qualidades básicas que se esperava de um time que entraria em campo já perdendo de 2x0, porém fomos ameaçados pela insistência de um meio campo invisível e por um ataque muito pouco decisivo. No jogo não se viu qualidade técnica que pode ser explicado pela falta de visibilidade e movimentação que se deu por causa da chuva torrencial que caía. Um jogo emblemático, tenso e de muitas questões relacionadas à arbitragem.

O problema do Grêmio não foi começar perdendo, e sim o fator emocional que o atingiu depois de marcar seu primeiro gol, a luta contra o relógio foi muito além da concentração e da calma exigidas para definir a partida. O grande problema do Grêmio não é só a falta de preparo psicológico, mas a falta de finalizações, de um lance de maior contundência no ataque. Moreno tem se mostrado eficiente, mas não decisivo o que leva Luxemburgo a pensar em alternativas, alternativas pouco eficazes e até inexistentes. Foi o Grêmio que procurou atacar, que saiu ao ataque e que teve a proposta ofensiva, uma leitura de um jogo conturbado, mas que antes mesmo de começar já tinha placar definido.  

Não adianta pedir um jogador que infiltre, um jogador do drible e da firula. Não podemos nos prender a argumentos sobre número de finalizações e definições. Se fosse apenas isto que o Grêmio precisasse garanto que estaríamos muito longe de dormir cabisbaixos esta noite. O milagre deve ser deixado de lado e então devemos olhar para nosso meio campo, para nossa zaga, de que adianta a polêmica girar sempre em torno de um ataque mesquinho se o problema não é apenas este? Acorda Grêmio, ou tenha mais um ano sem expectativas. 

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