quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cuidado! É um assalto.

Foi cômico, assim como tem sido a tempo. O timão que chegou ao fim do jogo vitorioso extrapolou limites incontestáveis no gramado, parecia assalto à mão armada para não dizer sem-vergonhice da arbitragem. A várzea foi geral incluiu até pique esconde de gandula chegando ao fim da partida com um resultado ridículo e sem direito a contestação, não me atrevo a buscar explicação para tal fato, acredito na subjetividade que produziu os erros a favor do Corinthians, afinal vivemos em um mundo que há muitas pessoas dotadas de razão, e muito poucas de bom senso.

O Pênalti claríssimo produzido pela imaginação fértil do árbitro André Luiz de Freitas Castro a favor do Corinthians iniciava uma saga de erros absurdos que ainda estavam por vir por parte do mesmo. Alguns acreditaram na marcação insensata do árbitro, porém esses mesmos comemoraram o placar ao fim do jogo, portanto é inválido qualquer questionamento sobre esta crônica. O erro é da natureza, entretanto alguns erros não são cabíveis, esse pênalti, por exemplo, é daqueles que são inaceitáveis, não tem como inocentar a arbitragem por isso sabendo que em nenhum momento Adílson toca no adversário. Inquestionável e lamentável.

Entre desatinos eis que surge um Grêmio merecedor, guerreiro e gaudério. Os momentos de estabilidade de Vilson e os tombos de Saimon passaram despercebidos em meio a tanta mudança, não mudança tática e sim mudança de comportamento dos mesmos. Douglas acordou do sono profundo levando com ele Adílson e Fernando, espetáculo visto uma vez só quando referia-se de Grêmio, mas desta vez já é a segunda. O GREnal de domingo é sinônimo clássico do que vimos nesta quarta, mesmo com oscilações no primeiro tempo Escudero, Marquinhos e Douglas representaram o que se queria à muito tempo, um time com confiança.

Não importa e já esqueci o resultado, estamos beirando a zona de rebaixamento e a única coisa que me preocupa é como ficará a consciência da arbitragem nessa noite. A influência direta desta no resultado se deu justamente quando o Grêmio estava balançado em campo, poderia ser pior se não tivéssemos colocado à prova a credibilidade que temos em nossa torcida e clube. A várzea foi geral, porém não se explica derrota com erro de arbitragem, mais uma vez o erro é nosso, seja ele nos mínimos detalhes, ou simplesmente por não acreditar que no futebol quem não faz, leva.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O imprevisível vencendo o favoritismo



Não me dei o trabalho de procurar lugares que passassem o tal de Grenal para assistir (afinal aqui ou você é galo ou é raposa, até vá lá flamengo ou fluminense, mas nem o América-MG ganha espaço nesse mundinho), apenas sentei em meu sofá e na voz de Pedro Ernesto acompanhei um jogo estranho. Não existia favorito (disseram uns) ao título de melhor em campo, nem vencedor a pronta entrega, era para ser mesmo um clássico meia sola, desqualificado e apático. Pura demagogia de minha parte.

A escalação foi genial e abriu portas que Roth nem sabia que existiam, três articuladores, dois deles fundamentais para a vitória, um time de classe, mas, imprevisível. Na verdade o Grêmio em geral foi o articulador do profissionalismo, se bem que do outro lado não se viu nada. O que era para ser sonolento tornou-se uma dose de cafeína com uma pitada de bizarrice por parte da (sempre) arbitragem vermelha, 3 pênaltis para 1 marcado, novidade? Nenhuma, nada que impedisse a comemoração azul.

Chegou ao fim da partida e a vitória podia ser confundida com a final do Mundial, carreatas nas ruas, ênfase demasiada em cima da vitória sobre o campeão da Recopa, e jogadores tentando explicar a emoção por meio da tabela do Brasileiro. Desmereceremos jamais, ainda mais uma vitória digna como esta, mas pensemos, se Grenal tão tem obviedade, outros jogos portanto chegam com o placar destacado nas chuteiras, não que seja alusão ao jogo de quarta, de maneira alguma, mas e se for? Preocupante!

Vencemos e somos donos de um título à parte do campeonato brasileiro, comemoramos ao som dos cânticos da geral e da própria mágoa amarga de outros na noite de domingo, e mesmo sem troféu na sala dormimos tranquilos, pelo menos até quarta-feira. O otimismo pode até ter um toque de ironia, mas não pode se deixar de lado sabendo que Porto Alegre nunca amanhece do mesmo jeito no dia seguinte.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A solução não está para os cegos

Nunca entendi, e se querem saber prefiro não entender como um time de alma serrana consegue cometer tal suicídio. Não me venha com picuinhas de que a equipe deu o seu melhor, e nem se camuflem de homem do tempo para culpar o calor absurdo que fez em Fortaleza e Goiânia, esta blogueira não acredita em coincidência e em suposto destino, apenas no futebol legítimo, e na roubalheira que ocorre nos vestiários do mesmo. Não bastasse isto, jogadores desqualificados no físico e no mental (muito mais no segundo) atuam com o objetivo de quase fazer o gol, de quase impedir o mesmo, e de quase concluir a marcação, sempre na iminência de crescer o Grêmio some, e para mim isso é sinônimo de um terceiro rebaixamento.

A geral se derreteu em desprezo e lágrimas, o choro se ouve a milhas de distância até mesmo vindo do manto sagrado, é um absurdo o que se passa dentro do Olímpico nos últimos dias (meses) a solução que se dá por conselheiros e dirigentes é inadmissível, além de já estar com validade vencida. O time está um caos, o mundo está desabando, e o assunto que predomina ainda é a salvação do futebol. Pode não ser simples como uma função trigonométrica de um quadrilátero convexo, mas fórmula tem e só um deficiente visual tem as desculpas de não enxergar o que está a sua frente.

O futebol se resumiu a meninos fracotes, atacantes e com um cabelo estranho. Onde está a raça, o sangue correndo no rosto quente e nervoso, a camiseta rasgada e os chamados “ogros” do futebol? Um que outro ainda vive, mas não mais para esse mundo ridicularizado por modinhas escrotas. Acreditar no potencial de Leandro é pedir pena perpétua na segunda divisão, os três volantes de Celso Roth talvez até pudessem dar certo com uma zaga de peso, Escudero poderia ser útil na frente, mas jamais no banco. Que bela solução teria se não fossem os “cegos” comandantes deste time.

Cumprimento a fiel torcida que ainda vai ao estádio em baixo da chuva e frio, mas não aqueles que fecham os olhos apenas para não enxergar a realidade. Perdemos e justificamos, colocamos a culpa em quem foi embora, em quem permanece ou em quem não existe, mas jamais assumimos os erros de nós mesmos. O que pode e deve servir de consolo é que ao menos se o Tricolor cair para a segundona teremos chance maior de sair vitoriosos e com uma taça na mão (ou talvez... nem isso).

domingo, 14 de agosto de 2011

Uma mistura de sorte com técnica

Haja tolerância para os erros, crença para a vitória, choro para a fase atual. Com uma casa recebendo 12 mil almas embaixo de chuva torrencial com frio como companhia, ao menos esperava-se reconhecimento Tricolor. Tanto faz se repórter errou o esquema tático entrevistando o técnico, muito menos se um que outro jogador tornou-se ídolo da noite para o dia, inacreditável ao ponto de ser denominado milagre, a vitória recebe as graças de um único Santo, Celso Roth.

Não o venero pela pessoa que és, muito menos por supostos poderes que dizem ter, não é, e nunca será futebol algo dependente de outros mundos para se manter aceso. O Grêmio desde o fim da passagem de Portaluppi, até os minutos finais de Julinho nunca precisou de técnico, para quê a insistência, se jogadores fazem o que bem entendem em campo? Pois bem, faziam! A necessidade de um poder extremo, uma autoridade capaz de quietar um vestiário era clara, assim como o que fechou a carreira desses dois nomes dentro do grupo: Quem os saudou, por motivos citados acima não aplaude outra vez.

Vencer o Fluminense nunca foi tarefa das mais fáceis, com Fred recuperando-se de polêmicas a força do grupo obviamente iria partir para a zaga que não temos, a falha de Victor foi a cereja do bolo e certamente o começo de uma discussão a respeito de sua titularidade dentro do grupo e da seleção Brasileira. Com jogadores agudos, mas com muitos guris de apartamento o Grêmio finalmente conseguiu tomar outro rumo na tabela sem ao menos precisar optar pelo GPS.

Celso Roth não trouxe a vitória na partida passada, mas nos devolveu o ar de tranquilidade, e o jogo deste domingo só nos confirmou o que se acreditava a tempo, nem ídolo ou auxiliar, a grosseria, o comprometimento e a rédea curta com os gaúchos resumem o “novo” comandante, Roth tem a cara tanto de Internacional quanto de Grêmio, o guerreiro tem cara de Rio Grande do Sul.

*Parabéns á todos aqueles que de alguma forma ou não contribuem com que seus filhos se apaixonem cada dia mais pelo espetáculo chamado futebol, aos pais que não necessariamente defendem a cor, as listras e as bandeiras, mas sim a imparcialidade e a dignidade dentro de um gramado.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tudo novo (de novo)


O jogo em si não foi surpresa, mas o que aconteceu logo após mostrou outro lado dos dirigentes e da diretoria do Grêmio. Sempre com respostas otimistas, mas nada funcionais, Paulo Odone surpreendeu ao demitir Julinho Camargo, sabendo que nunca foi desses que demite técnico com apenas um mês de trabalho, colocou a mão na consciência e fez uma escolha certeira, quando a ameaça de rebaixamento não preocupa mais o treinador não há o que fazer a não ser despacha-lo para bem longe. Não restavam dúvidas de que o melhor para o time era mesmo seguir a risca o que se falava a tempo, admitir certos resultados e aceita-los normalmente eram características de JC, o Tricolor que antes mal caminhava sozinho, hoje tem a chance de se reestruturar novamente com um verdadeiro técnico.

Os dias contados de Julinho não pareciam novidade para ninguém, mas o que fez gremistas e colorados pularem da cama mais cedo, foi a notícia de que Celso Roth estaria voltando para a torcida que o vaiou a pouco tempo atrás. Trata-se de um fato extraordinário, o Grêmio estaria abrindo novamente as portas para aquele impiedoso que o eliminou da Copa do Brasil e de mais um Campeonato Gaúcho. Justo? Nada mais tolerante e responsável da parte da diretoria do que dar uma segunda chance á Roth, além de um grande treinador, errou o que todos erram, mas acertou o que poucos fazem, definitivamente uma reviravolta com cara de Grêmio.

Jurar votos matrimoniais ao novo treinador (seja Roth ou não) pode gerar muita angústia e desespero, à beira da zona de rebaixamento, o Tricolor Gaúcho está na sua pior fase dos últimos tempos, culpados não serão acusados, a falta de interesse de alguns teria gerado todo este desgaste. Inevitável assim como em qualquer outro clube, estamos em um momento crítico, seja ele para salvar o próprio time, ou erguer a moral do futebol gaúcho. A insistência de Pelaipe ao contratar mais um centroavante gera maior preocupação á torcida tricolor, a necessidade de ter ao menos um jogador ameno na zaga é de extrema importância no momento, sendo assim pede-se um olhar mais abrangedor para o novo comando.

Seja o que for, tudo tende a melhorar, como aconteceu com Julinho Camargo pedimos novamente um pouco de cautela ao torcedor, o jogo da noite de ontem, como os últimos seis devem ser usados como forma de melhoramento da equipe, porém prefiro esquecer, se a diretoria quer que comece tudo novamente, é necessário que a idolatria e o passado se mantenham a distância, a quilometragem suficiente para começar uma nova história sem resquícios desta.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Uma tradição ameaçada

Nada de surpresas, um que outro absurdo rotineiro, ainda mais quando se tratando dos guapos gaúchos, vergonha é pouco, o mais válido agora é citar a queda do dólar, o preço explorador que te pedem por uma caixa de alfajor na Argentina, ou qualquer coisa relacionada a tudo. Posso parecer um pouco radical, mas convenhamos, é de extrema inutilidade falar de 11 jogadores correndo atrás de uma bola quando o resultado já se dá antes mesmo de começar a partida.

Mas a insistência é tanta, não só minha, mas de todos os torcedores e amantes do bom (ou péssimo) futebol de ainda acreditar nesse bando de interesseiros, que não me vejo fazendo outra coisa a não ser partindo para a velha corneta. É típico, melancólico, ou até desesperador ver seu time afundando, praticamente disputando a permanência na série A, é desconfortante a corneteada do rival, e ainda mais as lembranças dos gênios idealizados por nós quando o empate é o bastante, o ser humano é assim ( na verdade, o Brasileiro é assim), se conforma com o que vê.

Hoje a torcida se arrepende pelo “exorcismo” da imagem de Renato, à um mês atrás não servia, mas e agora? Não tenho o direito de contestar o trabalho de Julinho Camargo, mas como torcedora posso e devo comparar o Internacional com o próprio Grêmio, não vejo a diferença e isso é preocupante, os dois sem técnico e sem time, um GRENAL no momento geraria um empate, ou vitória colorada, o tricolor pode até ter condições, mas saber lidar 90 minutos com inteligência já é pedir demais. Pelo retrovisor do tempo o Grêmio está em busca de um lugar ameno na tabela á meses, e ao invés de brotar vitórias, apenas brotaram acusações.

Apontar ou não números, qualidade ou dirigentes não é o bastante, é preciso manter a tradição para não se tornar um manual de como pedir perdão á todo tipo de Deus do futebol para a permanência na primeira divisão, é preciso enxergar com olhos críticos sem comparações com um passado glorioso, e acima de tudo aceitar a situação atual. Como Brasileira tento entender como as equipes gaúchas conseguiram tamanha façanha, mas no fundo é de se esperar que algum time carioca ou paulista salve o Brasil no aspecto futebol.