quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ano novo, Grêmio novo

Como era de se esperar da diretoria e de todos aqueles envolvidos, o plantel tricolor está se renovando e parece agradar até os mais críticos. 2011 termina e como de costume, no mundo futebolístico, negociações começam a tomar rumo, no caso do Grêmio para despachar alguns encostos como forma de tentar amenizar o imenso buraco que cavaram, contando na próxima temporada com novos e (até então) talentosos jogadores, e claro, um novo técnico.

Léo Gago chega como garantia de algo que víamos muito pouco, um volante que sabe chutar e decidir, além da dupla Kleber e Moreno. Mas seria egoísmo de minha parte exagerar nos elogios às novas contratações quando ainda se sente a saída de Jonas e Borges, de fato uma baita dupla que deu continuidade ao que conhecíamos como futebol gremista, hoje não mais existente. Porém a combatividade e a competitividade de ambos novos jogadores parecem nos dar o ar que faltou para respirar esse ano, uma oportunidade para começar tudo novamente.

O caminho que estamos seguindo parece o mais certo por enquanto, alguns detalhes ainda são discutidos e algumas decisões parecem irresponsáveis, como exemplo a vinda de Sorondo para o Tricolor Gaúcho, afinal a última coisa que o Grêmio precisa é a repetição de um ano parado com um departamente médico lotado, sinônimo deste jogador que atuou em poucos jogos no seu ex-clube graças às suas lesões. Quanto a Caio Junior acho uma boa aposta, além de conhecer a estrutura do Grêmio, se identifica com o mesmo, o que me leva a acreditar em uma quebra de tabu em relação aos nossos ex-técnicos.

A combinação me agrada mas a atitude dos que ficam me preocupa até certo ponto. O Grêmio parece prometer uma grande temporada com menos dancinhas e mais raça, um futebol menos arte e mais explosivo, um conjunto de técnica e firula que suponho resultar em títulos, enquanto isso aguardamos ansiosos por esse novo ano e novo Grêmio.

*Obrigada pela colaboração, pela paciência, pelo incentivo e principalmente por acreditar mais um ano no blog Arena Gremista. Desejo á você leitor um ótimo ano novo repleto de alegrias e conquistas e espero poder contar com você em 2012 para mais uma temporada azul, preta e branca.

Saudações gremistas!
Ana Laura Comassetto

domingo, 4 de dezembro de 2011

Fim de um ano terrível para o Tricolor

Em nenhum momento Inter ou Grêmio mostraram merecer a vitória desta tarde, para o Tricolor o muito que podia ser feito era tirar de uma vez por todas o coirmão da Libertadores e tentar apaziguar o clima com sua torcida vencendo fora de casa, para o Internacional apenas a vitória interessava, fato esse materializado que fez do Colorado dono de um título à parte do campeonato brasileiro e participante da maior competição da América no ano que vem. Um ano extraordinário no futebol brasileiro, mediano para o Rio Grande do Sul, péssimo para quem não tinha mais nada para ambicionar.

O mínimo que se esperava era originalidade, improviso e molecagem para a última rodada do Brasileirão (para nós do Sul, o último campeonato do ano), porém em um jogo sem qualidade alguma apenas se deu como comprovado que o Grêmio vive a jogar através dos erros do adversário, assim como foi durante toda a temporada. Já o Internacional mantinha-se lento nas transições de bola nos dando a impressão de que ambos os times não tinham fôlego para manter a tradição dos Grenais, contra os próprios princípios da imortalidade conclui-se que foi um clássico meia sola, desqualificado e apático.

Tudo o que acompanhamos nesta temporada é condizente à fase derradeira do grupo, o futuro estava minado e explodiu ao ter uma tabela a cumprir e um time inteiro a reformular. Fomos realmente Grêmio em alguns-poucos minutos, no andamento do campeonato não havia dirigentes pensando no agora ou no futuro, dependemos por muito tempo do fracasso dos times adversários e em alguns instantes (quase imperceptíveis) nos comparamos ao Grêmio em si. Quanto aos 3 técnicos que passaram pelo Tricolor no ano de 2011 não há do que reclamar, afinal chegamos ao fim do campeonato cientes de que o problema é dentro de campo e muito pouco à beira dele.

Hoje muitos se arrependem pelo “exorcismo” de Renato, amanhã irão chorar as mágoas por Celso Roth, talvez depois por Caio Jr, não faço a mínima ideia, só tenho a certeza de que para 2012 quero um Grêmio buscando qualidades e não problemas e honrando o nome de um campeão mundial. Espero escrever a última crítica do ano que vem começando com as glórias que obtivemos durante a temporada citando os méritos de todos os setores que envolvem um grande, mas as vezes decepcionante Grêmio.

*Era de se esperar que algum time carioca ou paulista salvasse o Brasil no aspecto futebol. Parabéns Corinthians pelo título e pela bela homenagem á Sócrates. Gauderiada nos vemos dia 21 de janeiro no Olímpico contra o Lajeadense pelo Campeonato Gaúcho.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

[Pós-Jogo] Grêmio 2 x 2 Atlético-GO


Foto: Wesley Santos/Futura Press

Não é azar, não é mau olhado, não é culpa da Geral, é a tal da incompetência. Os anos passam e sempre há um motivo para esconder os problemas ou adiar as mudanças, o Grêmio Imprescindível das histórias incontestáveis acabou se igualando aos outros times quando deixou de ter um diferencial, quando se perdeu na mediocridade do mundo do futebol e começou a acreditar em mercenários que o fizeram perder credibilidade. Não existe e tudo indica que não irão mais existir “Sandros Goianos”, “Tchecos” e “Renatos”, ou seja, cabe ao Grêmio recomeçar sua história dando vida a novos ídolos.

Era de obrigação Tricolor vencer o jogo deste domingo para garantir vaga na Sul-Americana, mesmo faltando tudo o que disse no parágrafo anterior, deu uma resposta sucinta e clara ao torcedor que com razão praticamente não compareceram ao Olímpico, sem habilidade alguma e chegando ao ponto mais alto da inadmissão, se fez Grêmio marcando dois gols em um minuto, o que me parece até razoável para quem perdia até então para um Atlético-GO relaxado. Tentando encerrar o ano com dignidade o Grêmio não cumpriu sua tarefa mais simples, porém mais necessária, a de garantir o perdão da sua torcida.

Fim de temporada para o time gaúcho, lamentável atuação e colocação. Para 2012 Roth fora e seus frutos também, não importando se já renderam ou não dentro do time queremos este presente mudando para um futuro digno de um campeão mundial.

domingo, 20 de novembro de 2011

Longe de ser Grêmio

Um bando de frescos correndo (caminhando) em campo, contra o Ceará, um time que além de respirar através de aparelhos no campeonato jogava com 7 reservas, e mesmo os que não eram, pareciam ser. Foi o pior jogo da temporada com o segundo pior público, e fico admirada ao saber que cinco mil viventes compareceram para assistir a esta desgraça. Se a desculpa agora é que o time estava “sonolento”, faço questão de ressaltar, sonolento era o Grêmio em todo o campeonato, ontem ele estava morto.

Ou melhor, está. O Grêmio mesmo se dizendo não ambicionar mais nada no campeonato tinha (e tem) a obrigação de conseguir a vaga para a sulamericana, fato este que a cada partida está mais longe de acontecer. É cômica a situação, não tem qualidade de jogo, não divide bola, não promove desgaste de energia, não há interesse em se manter estável, enfim, não há jogadores capazes de manter um ritmo, será isso reflexo da diretoria?

Se falta interesse ou organização muito pouco me interessa, a única coisa que pedimos desde sempre é respeito aos que vão ao estádio mesmo na atual situação do time. Hoje Grêmio virou sinônimo de adversário sem nenhuma perspectiva ou ambição nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro. Para os guris da Azenha apenas uma pergunta: é o time quem reflete o treinador ou é o treinador quem reflete o time? Pense nisso.

Fim de jogo, fim de turno para o Grêmio.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

De tirar o chapéu

[Pós-jogo] Fluminense 5x4 Grêmio

Engraçado como são as coisas em um mundo tão vasto e ao mesmo tempo tão limitado como o do futebol, o Grêmio, por exemplo, que tinha tudo para ser um dos melhores do Brasileirão, fez de tudo para que os primeiros lugares ficassem a quilômetros de distância, o que me leva a pensar (e muito) no resultado da noite de ontem. Não a derrota, nem a arbitragem, isso se refere apenas ao Grêmio “raçudo” que estava em campo com uma tarefa difícil nas mãos, e digo com baita indignação, o time gaúcho fez o que não fazia a tempo, jogou futebol.

Está tudo errado, sabemos do equilíbrio, das chances para ambos os times, do quanto Fluminense e Grêmio se esforçaram em campo para alcançar um placar positivo, e é isso mesmo que me preocupa. Sem pessimismos, mas não nos acostumaram desse jeito, fizeram de tudo e mais um pouco para ridicularizar o futebol gaúcho, até mesmo nos colocando em posições críticas graças aos erros banais do próprio treinador. Jogos como o de ontem acontecem de décadas em décadas, e saber que o Grêmio protagonizou este chega a me fazer pensar duas vezes a respeito do caráter de jogador e técnico.

Deixe pra lá, o importante é ver o Grêmio como há muito tempo não víamos, curado, e disposto a enfrentar qualquer tipo de adversário, desde os miúdos aos graúdos. Vencemos de quem (ao contrário de nós) tem grandes ambições no Campeonato Brasileiro, mais um motivo para acreditar que o time gaúcho pode sim ressuscitar na temporada que vem, seja ela com Lúcio, Rafa Marques, Brandão, Adílson, Roth ou apenas Kleber, independente de quem estiver representando este clube, que faça o mínimo que fizemos por ele este ano.

Não é necessário se estender muito mais que quatro parágrafos para entender que o Grêmio atuou de forma que não costuma, e suponho que tenha aproveitado esta atuação para apaziguar sua relação com a torcida, quanto à arbitragem parágrafos, textos, livros não resolvem, está mais do que na hora de tirar as coisas do papel e resolver na prática, aproveitando o fim de um jogo comprado para avaliar os árbitros (não apenas Paulo César de Oliveira e Francisco Carlos Nascimento, mas toda a federação) para não deixar que a palhaçada se espelhe em campo e faça dele um circo. Exigimos ao menos, um pouco de respeito.

Quanto ao Grêmio, a única coisa que parece mesmo, é que ainda luta por uma vaga inexistente.
Saudações Tricolores.

sábado, 5 de novembro de 2011

Demorou... mas afundou

Recusada. Assim se encerrou a primeira conversa entre dirigentes Gremistas e Palmeirenses, por valor considerado baixo em troca do atacante Kleber. Segundo o presidente do porco, Arnaldo Tirone, a proposta é ruim e pode-se dizer de passagem que só não teve um ponto final pelo interesse claro do presidente por algum jogador Tricolor, que segundo boatos seria Douglas. E então a pergunta: O que tal fato tem a ver com a derrota escandalosa do Grêmio deste sábado? Tudo, não estou diretamente me referindo à nomes e dinheiro, mas das contratações, que não deverão ser poucas, para evitar tamanha decepção na próxima temporada.

Entraram Grêmio e Atlético, e de longe mal dava para distinguir quem era o verdadeiro galo, o Tricolor esbanjava a vitória de domingo sobre o Flamengo, e com a crista alta mantinha a impressão de que este jogo já era ganho. Não sei e não quero saber o que se passa na cabeça de um infeliz como esse, muito menos se é a incapacidade ou a burrice que os levam a tamanha vergonha, vergonha esta que me faz retorcer de ódio só de ouvir o nome do desgraçado que errou um gol feito. Raiva que corre nas veias de mais de 3,60 milhões de torcedores por não poder mais ambicionar a Libertadores.

O jogo em si não teve nada de mais, 22 jogadores, um gramado, um juiz (infeliz em alguns momentos) e dois auxiliares, devo citar também os 17 mil torcedores que lá estavam colocando pressão em cima do Grêmio, ou seja, mais um motivo para não entender a atuação ridícula do time gaúcho. Faltou tudo o que foi colocado em prática no domingo, ofensividade, qualidade, marcação e vitória pessoal, ninguém se sobressaiu, André Lima se mostrou um dos piores em campo, não foi eficiente ofensivamente e a zaga pecou muito na marcação. Os dois gols foram marcados por André e Marquinhos Cambalhota, mas o tombo foi do Grêmio que não soube em momento algum aproveitar o jogador que tinha a mais.

Te acostuma torcedor, agarra o chimarrão adiciona um calmante e se puder evita pensar no desgosto que estão nos dando, fuja também da matemática, números não resolvem mais o nosso problema, mas se quiser acreditar que venceremos todas as 5 partidas que nos restam agarre um santo. Para encerrar um discurso irônico puxo o primeiro parágrafo ainda no assunto Kleber, o Grêmio não precisa de um atacante, precisa de um time inteiro.

domingo, 30 de outubro de 2011

[Pós-Jogo] Grêmio 4 x 2 Flamengo


Fonte: Neco Varella/Agência Freelancer

A história do Grêmio se renovou neste domingo, e não me venha dizer que foi contra o Flamengo, além do mais por que números e tabelas não influenciam no temperamento de um gremista revoltado, foi contra um tal de Ronaldinho, declarado pela torcida como “não mais gaúcho”. Não me lembro de ter assistido a uma partida de tamanha pressão, ou repugnância a um jogador, dentre faixas e a recepção calorosa para a delegação Flamenguista, os gremistas fizeram do Olímpico um caldeirão, jus ao seu ódio e o 30 de outubro um dia histórico.

Materializou-se em pleno gramado a misticidade tricolor, não tínhamos time para vencer o coletivo do Flamengo, muito menos para golear este, o problema não apenas de hoje mas de todo o reinado de Roth foi o conjunto posto em campo, um atacante apenas para 3 do adversário chega a ser suicídio para a equipe, fato este que estraga todo um ano de trabalho. A preocupação exagerada com Ronaldinho influenciou tanto positivamente quanto negativamente, primeiro por que só foi possível alcançar objetivo tão prazeroso graças aos fatos ocorridos anteriormente envolvendo o ser em questão, mas muito mais negativo por pressionar de forma torturadora quem nada tinha a ver com isso.

Quando se deu derrotado, o Grêmio reagiu, e isto já pode ser considerado fato histórico dentro do clube, mas como a partida se fez em si um espetáculo é muito mais válido ressaltar o resultado final gerado pelo xerife André Lima, Douglas e Miralles, que desde o início do segundo tempo prometia ser a grande surpresa do banco de reservas. Os erros são visíveis na defesa, mas não se fala muito disso depois de marcar 4 em um domingo qualquer.

Se fez o desejo dos gremistas, o som gaúcho pôde ser ouvido nos quatro cantos do país, principalmente por que este foi solto aos prantos de uma torcida enlouquecida que teve 90 minutos para fazer uma festa incrível, e fez. Como diriam, o choro é livre, Ronaldinho chegou pela primeira vez ao Olímpico como adversário, apareceu no primeiro tempo e sumiu no segundo, como consequência perdeu. 4x2, vitória inesquecível, fato materializado em história ainda que a ironia de R10 tenha sido presenciada na maior parte do jogo, ironia agora que nos dá mais um motivo para sonhar com a Libertadores.

(Foto Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)

(Foto Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)

(Foto Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)



-

domingo, 16 de outubro de 2011

Sinônimo de palhaçada

A zona de conforto estabelecida por Roth ganhou prioridade na semana passada, além da derrota na quarta (o que poderia ter sido muito pior em número de gols), a falta de profissionalismo dos jogadores chamou a atenção para um outro ponto: estamos a beira de um fim de ano melancólico para o Tricolor, não apenas pelas derrotas consecutivas, mas pela falta de comprometimento e de relacionamento da equipe. A questão é, não estou avaliando Celso que desde que chegou faz um bom trabalho no comando, e sim aqueles que deveriam estar fazendo muito mais, ao menos para “fingir” que estão realmente almejando uma Libertadores.

Entretanto vencemos neste domingo, quebramos um tabu que parecia nunca ter fim, e em um jogo sem sal nem açúcar nos sentimos a vontade para marcar um belo placar de 1x0, que ironia. E assim caminha o Grêmio, uma piada, não sabemos se choramos ou rimos, o importante é participar e crescer aos poucos, pela vontade nem tanto, mas quase sempre pela sorte. Um resumo da partida? Vergonha. Escudero marcou e só. Sarcasmo de minha parte, não há do que reclamar, afinal vencemos e estamos em 9º lugar, sátira pura.

Nosso erro sempre foi criticar os mais fracos, e agora nos vemos em mera situação enganando nós mesmos, torcedores que alentam na chuva e no sol escaldante na esperança que um ser superior derrame as bênçãos na cabeça dos jogadores e lhe coloque em 5º lugar, quer saber de uma coisa, deixa pra lá, afinal a questão é outra. Repito, é um fim de ano melancólico para o Tricolor, se contentando com vitórias medíocres, apenas em outubro, e já se despedindo do Brasileirão.

sábado, 8 de outubro de 2011

[Pós-jornada] Coritiba 2x0 Grêmio

Perdemos, e isso não chega a ser surpresa, ao menos para aqueles que perceberam os erros (ainda existentes) nos últimos dois jogos, inesperado mesmo seria se ganhasse, aí sim poderíamos enlouquecer e vibrar, o Grêmio definitivamente estaria fazendo milagre e o mundo acabaria sim em 2012, sem mais nem menos. Infelizmente é frio assim, não tem como defender a atuação do tricolor gaúcho, ainda mais quando este perde gols feitos , não defende e quando defende faz fiasco, para quem estava acostumado com times que apenas tem como objetivo permanecer na série A, a realidade agora foi outra, era o Coritiba, candidato forte ao título.

Apesar da derrota, AINDA temos motivos para explicar cada passe errado, cada gol perdido e cada (raro) gol feito. Roth não tinha opção, o departamento médico está começando a lotar novamente, com o maestro e com dois atacantes essenciais, Douglas, André Lima e Miralles estavam fora, e como se não bastasse o novo e então "ídolo" da última partida contra o Santos, Brandão, em razão de uma virose também desfalcou o time. Parece cômico, mas são pelo menos dois desses que fazem do Grêmio um time completo, sem isso falta objetividade, falta entrusamento, falta JOGO.

Acredito que a história mude, porém não logo. Difícil cobrar mudanças tão rápidas de Roth ainda mais quando este insiste em dar continuidade aos erros que mais comprometem o time, no caso, substituições erradas e sem sentido algum. Perdemos uma fora de casa e isso preocupa (e muito), inadmissível um grupo que disputa o título ter tamanho "medo" de jogar na casa do adversário. No mínimo espera-se que o Grêmio reaja ao Figueirense nesta quarta, e dê ao menos o gosto doce da vitória á todas as crianças que levam o manto azul, preto e branco para a vida desde pequenos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Peixe frito acompanhado de um novo lugar na tabela

A corneta estava solta, ou melhor, ainda está. O que antes era direcionado ao jogador Brandão por má atuação nas partidas pelo tricolor, hoje se volta ao ex-técnico “gremista” Renato, para os mais íntimos, Gaúcho, para mim torcedora, apenas o Portaluppi que um dia levou o Grêmio ao título. Com a vitória da noite desta quarta-feira em cima do Santos, por 1x0, Odone foi justo e muito feliz com seu discurso, entregou toda a responsabilidade pelos fracassos do ano a Renato Portaluppi. Não acho que deve se jogar Renato ao inferno, mas não se pode pensar diferente sobre seus méritos e deméritos dos demais treinadores que antecederam o clube, Roth está na vez e nada mais justo do que torcer para que continue progredindo.

Quanto ao jogo de ontem defino como um dos melhores na temporada, emocionante, arriscado, e motivador para a criação das mais diversas situações. Foi uma noite de calação de boca para a maioria da torcida, aos nove minutos Brandão foi chamado de ídolo por muitos, fez seu gol que parecia inevitável, mas marcou, enquanto o Santos ainda não tinha finalizado, nem se quer jogado. O ataque gremista era impiedoso, atacou o tempo inteiro, e quando não atacava marcava com quase perfeição. Escudero explendoroso, Marquinhos muito objetivo mas bom, ambos perderam gols feitos, ambicionaram mais do que tudo essa vitória e a conseguiram, TUDO ISSO era o Grêmio na noite de ontem.

Assim mesmo como você lê, com letras garrafais, o volume de jogo era excelente, mesmo vazando muito nos últimos minutos. Defensivamente o Grêmio tem problemas e corrige-os ao decorrer das partidas, se este não foi capaz de segurar o artilheiro do campeonato brasileiro, a culpa foi, e Victor mais ainda, Borges perdeu gol ridículo em um jogo em que o Grêmio comandava sem dó nem piedade. Foi um início avassalador, mesmo assim perdeu 2 gols feitos, já o Santos teve 45 minutos e perdeu 5 chances claras de gol, um time muita mais minúsculo do que maiúsculo.

Um time só em campo e apenas um gol marcado, lamentável até o apito final quando este saiu vitorioso e com mais 3 pontos somados à sua posição. Foi uma noite para relembrar da Copa do Brasil, das viradas históricas e do rosto de uns que hoje não nos fazem mais falta. Estamos em brilhante e nova posição graças ao desempenho criado por Roth e pelo “exército” gremista, apenas lhe digo torcedor: estamos entre os 10 primeiros.

Saudações gauderiada gremista.

domingo, 2 de outubro de 2011

Cobiçamos muito mais que a glória

O jogo de hoje era centro de polêmica, Mário Fernandes assunto da semana criou enorme constrangimento interno, o time que havia perdido duas consecutivas (do Botafogo e do Vasco), abusando da sorte para vencer o Avaí na ressacada, novamente nos deixava em situação desfavorável a frente do Cruzeiro, porém o que se viu contradiz tudo o que se falou nos últimos dias e a consequência (graças ao bom senso de uns) não passou de mais 3 pontos e uma nova colocação na tabela.

A fase não é boa do cruzeiro, o futebol mostrado pelo Grêmio na noite deste domingo não foi fantástico, não chegou perto de ser um grande show, apenas foi o bastante para vencer e criar expectativas maiores em relação ao G4, já o mostrado pelo Cruzeiro mais parecia sopa de hospital, não fez mal a ninguém, muito diferente do futebol que o Avaí apresentou, mesmo não pontuando na rodada passada, marcou e fez com que o Tricolor corresse atrás do que poderia ter sido um prejuízo enorme. Fato que nos permite concluir: O time do Grêmio tem bons momentos com Celso Roth, mas tem um grupo limitado, com poucas alternativas, especialmente para o ataque, o que depende exclusivamente da defesa do adversário, se esta marca forte, consequentemente não pontuamos.

Escudero finalmente achou seu lugar na ponta esquerda, Douglas se fez maestro como de costume, Marquinhos apresentou dificuldades mas materializou-se o melhor em campo, Rafa Marques indiscutível, um Grêmio aparentemente curado com algumas feridas que insistem em aparecer como uma parede chamada Brandão no ataque, jogador este que deve ser visto e revisto por Roth, na verdade Celso é quem deve ser analisado cuidadosamente por fornecer sérios riscos ao Grêmio nas suas insensatas substituições.

Fim de papo, Grêmio 2x0 Cruzeiro, crescemos e estamos apenas a alguns passos da Libertadores, passos longos estes que devem ser esculpidos não só por Roth mas também por nós. Pensar na insistência em manter Miralles fora do jogo, na falta de agilidade, ou nas polêmicas relacionadas à filhinho de papai (que joga muito por sinal), só ocuparão meu doce e sagrado tempo, penso no futuro do Grêmio, este que hoje está muito mais perto de ser glorioso.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A lógica (des)necessária

A explicação da derrota da noite passada para o Botafogo não pode ficar somente em números frios, sabemos o quanto fez falta um ataque consistente, parecendo assim uma grande injustiça para o Tricolor gaúcho que fez uma atuação praticamente perfeita se não fosse a falta de um score favorável. Mais vontade, mais dedicação, mais posse de bola, mais chances à gol, mais tudo, e mesmo jogando no seu limite perdeu a chance de sonhar mais alto na tabela, o Grêmio foi extremamente contra a obviedade do futebol.

A facilidade quando aliada com qualidade constrói resultados fantásticos, e o Botafogo já tendo como consciência sua aptidão achou não só na defesa, mas em todo o grupo tricolor as chances claras para a vitória, um ataque de aparência e uma defesa vulnerável. O que era para ser uma reabilitação no campeonato torna-se novamente pesadelo para os gaúchos, são duas derrotas seguidas, o que compromete o futuro do time e a carreira de Roth dentro dele.

A falta de infiltração na área é o maior problema do Grêmio no momento, é este o culpado pela falta de gols e pela maioria dos erros em outros setores. Para não deixar gurizada nenhuma chorando é importante ressaltar a vontade resgatada e a individualidade independente de cada jogador, ver que o Grêmio já começa a se acostumar sem Leandro (que em Outubro vai para os jogos pan-americanos) é um grande começo para os futuros jogos.

Quando entrou no Grêmio, Roth tinha o objetivo de tira-lo do rebaixamento, o Tricolor hoje tem base forte e aparentemente está “longe” deste, pela lógica da competição o Grêmio não está disputando título só está tentando reafirmar um time, que fique claro à todos que não é impossível a chegada no G4 e ao título do Brasileiro, mesmo perdendo qualidade ao longo das partidas ou parecendo loucura minha, pela coerência, é esse o ritmo.

sábado, 17 de setembro de 2011

Quatro doses de pura ironia

Aconteceu o que não deveria acontecer e que consequentemente não ocorria à tempo, era em campo (ao menos nos dois primeiros minutos) um Grêmio em pleno auge do campeonato, que jogava com sabedoria e com a consciência que se deve ter um clube de tal compromisso com sua torcida, porém a desintegração do Tricolor foi se fazendo logo no começo tendo como consequência uma goleada impiedosa, mostrando o quanto é superior o time carioca e apontando as mesmas diversas dificuldades em todos os setores do clube gaúcho.

O que deve ser submetido a um questionamento é a qualidade perdida em tão pouco tempo, um Vexame em São Januário que desperta a dúvida nos torcedores. O time adversário sentiu-se totalmente à vontade em campo fazendo da partida um verdadeiro amordaçamento para o tricolor, uma tortura sem explicação concreta, mas com uma pitada de ironia por parte do mesmo, se antes era superior, hoje volta aos escuros, velhos, mas conhecidos cantos de um campeonato maldoso. Qual será o verdadeiro Grêmio?

Era uma prova de fogo, um jogo emblemático que deveria mostrar a superioridade do Grêmio sob um time de ponta, mas a ideia coletiva de futebol avançada deu-se ao Vasco, e nem aprimorando a capacidade de finalização o Grêmio conseguiria reverter os erros iniciais. Não há quem se salve da culpa pela vergonha desta noite, as substituições de Roth beiraram o ridículo pedindo uma goleada cada vez maior, o que mais uma vez nos fez pensar para que foi contratado. Edcarlos alcançou o nível mais desprezível do futebol, vergonha absoluta para um time sem valor algum.

Foram necessários 18 anos para uma chance que parecia ser favorável ao Grêmio, e nem assim soube ser aproveitada. 13º lugar na tabela,uma goleada nas costas, 14 jogos, erros graves de uma arbitragem desqualificada e muito trabalho a ser feito é o que tem pela frente. Tudo isso favorecendo ou não, e apenas uma conclusão: O Grêmio provando que ainda não pode brigar por algo maior no Brasileiro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

108 anos de uma vida imortal



Tão difícil ou até mais que explicar o sentimento gremista é aguentar firme para falar do próprio Grêmio sem se emocionar em um dia tão importante para toda uma nação. São 108 anos de história de um clube gaúcho que faz jus ao estado, um pouco assustadora, triste, melancólica, comovente, alucinante, mas exageradamente apaixonante. Nascido e orgulhosamente criado em um pedaço de chão diferente do resto, para assim definir uma terra de azuis e vermelhos que acabou se tornando o país dos gaúchos.

Se pertencente à outra parte do mundo gaudério não tente entender essa homenagem, apenas reflita ou feche a página, não preciso que tentem compreender a “loucura” de um gremista, e muito menos que percam tempo questionando nossa euforia que leva ao delírio. Porém se tu és torcedor considere-te o homenageado, o motivo pela existência e tradição do clube é daquele que vibra um GREnal como uma final de campeonato, e chora desesperadamente ao assistir pela 58º vez a batalha dos aflitos. É você que embaixo de sol escaldante e de chuva torrencial parte ao estádio para apoiar o que chama de amor incondicional.

Seja gremista, apoie e chore. São essas lágrimas que te fazem perceber o quanto é grandioso e transcendente torcer pelo Grêmio. 108 anos de um clube e de uma torcida absoluta, absolutamente imortal.

“O Grêmio da várzea da Baixada, olímpico Grêmio! O Grêmio incendiário do Foguinho, o Grêmio de botinas do capitão Froner. Grêmio do tanque Juarez, de Alcindo bugre-xucro de Wilson Cavalo, de Aírton Pavilhão, de Lara, Germinaro e Danrley. Grêmio de poncho e de coturnos. Grêmio lanceiro negro, de tantos ponta-de-lança e de todos os volantes de contenção. O Grêmio de Leão e De León, de Ribeirinho e Ramão, de Feio e Pelado. Grêmio de Paulo César Caju, Mário Sérgio e André Catimba. Grêmio de Loivo e Yura. Grêmio de Anderson Polga, Emerson, Eduardo Costa - na frente da zaga. O Grêmio de Divino. Grêmio de futebol porto-alegrense. Futebol de verdade, porque futebol-arte, todo mundo sabe, é coisa de fresco." – Eduardo Bueno

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Contra tudo e contra todos

O Grêmio confirmou seu crescimento no campeonato, contra a arbitragem e contra todos, garantiu a quarta vitória em cinco jogos, de certa forma, com adversários de nível até superior que o próprio tricolor gaúcho, que ao fim foram totalmente anulados pelo forte sistema de marcação imposto pelo time de Roth, o que deixa de lado (por enquanto) picuinhas a respeito de técnico e garante melhoramentos e perfeição para as futuras partidas.

O esquema tático prioritário de Celso (4-2-3-1) parece estar dando certo, não devemos descartar a maturidade dos jogadores nos últimos tempos, mas convenhamos que a base do progresso visto em campo vem sim da organização dos três meias ofensivos e de dois volantes, os quais enfrentam qualquer adversário seja ele do topo ou do rebaixamento, com a mesma postura, com desfalques ou time completo, sob qualquer situação.

As laterais tornaram-se fundamentais para a escalada na tabela, ao lado direito Mário Fernandes e Marquinhos conseguem o improvável, à esquerda Escudero e Júlio César anulam qualquer crítica relacionada ao setor, o que não deixa de ser suporte para definir as demais funções. Porém entre tantos nomes (hoje) fundamentais, Douglas é o que se sintetizou mais “completo”, uma raridade em campo capaz de iniciar e terminar o jogo a hora que bem entender, sem depender de juiz gatuno ou de qualquer mando do treinador.

Nos cabe agora comemorar a nova fase e ficar de olhos bem abertos para a arbitragem, não é a primeira vez e nem será a última que os larápios destruirão a credibilidade do futebol brasileiro, falta de consideração ao torcedor é pouco, precisamos reivindicar e cobrar daqueles que hoje (ainda) podem fazer algo à respeito. Clareza e seriedade para um futebol digno, não que o campeonato brasileiro mereça, mas para quem enxerga com outros olhos, o futebol em si merece sim maior consideração e menos roubalheira.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

[Pós-Jogo] Grêmio 2 x 1 Bahia



Estreia na Bahia assim como para todos os gremistas, o Grêmio que estava ainda acordando da goleada do domingo passado despertou curiosidade entre a torcida por ser um jogo fora de casa e comprometedor para o futuro do time, mas sem esforço, novamente fez nobre atuação, garantindo (aos poucos) a fase crescente na classificação e na opinião de vários.

Um primeiro tempo digno de quem merecia sair vitorioso, mais uma vez Saimon atendeu o chamado de Roth e teve desempenho brilhante enquanto Douglas, Marquinhos e Escudero ajustavam o meio campo. O placar aberto por Brandão deu o ânimo necessário e a tolerância para um término de primeiro tempo com pênalti (inexistente) perdido por Douglas, um gol merecido de Escudero e um segundo tempo assustador.

O jogo era de grande importância para ambos os times, se antes era o Grêmio quem comandava o jogo a partir do segundo tempo a história se fez outra, e o Bahia com um potencial monstruoso não deixou dúvidas que queria aquele placar tanto quanto o Tricolor Gaúcho. Souza com pênalti (inexistente) fechou o placar, 2x1 para o Grêmio com atuação brilhante de Victor e de toda a equipe. Os erros ainda visíveis tendem a sumir com o tempo e com a técnica (ainda) funcional de Roth, o Grêmio se fez outro em campo e está muito mais compreensível, mais um motivo que nos leva a crer que a gratidão virá em dose dupla para a torcida.

O jogo de domingo chega a ser sufocante antes mesmo de começar, um confronto de tricolores que promete muito mais que 3 pontos, um jogo sem chororôs, e bandidagem da arbitragem, o conflito necessário para avaliar todos os setores do Grêmio e assim tomar conclusões sobre seu futuro no campeonato.

“Futebol: esporte insano jogado por uns tipos semelhantes a escravos e gladiadores, apreciado por hordas de fanáticos ensandecidos e organizado por maltas de espertalhões.” - Rogério Silvério de Farias

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

[Nota] Grêmio 4x0 Atlético-PR

Já era hora de uma reação convincente do tricolor, a apelação (sem graça) dos últimos dias fez com que muitos torcedores trocassem os jogos de domingo por um chimarrão à beira do Guaíba. Porém o público se fez grande na tarde deste (premonição de alguns talvez), e a história foi totalmente diferente das brincadeirinhas de mau gosto que costumávamos ver. Interessado e consciente da necessidade da vitória entrou o Grêmio em campo, a perfeição dos minutos iniciais repetiu-se por longos e prazerosos 90 minutos retomando a esperança de quem sonha por mais uma Libertadores. Não se sabe o motivo pelo qual o Atlético-PR recusou-se a jogar, entendo que seja pelo sistema tático implantado por Antônio Lopes, para não dizer ridículo uso imprevisível. A necessidade de ter o autor do primeiro gol, Escudero, aumenta a cada dia (incompreensível a decisão de deixa-lo no banco no comando passado), Mário é sem dúvidas o comandante da lateral e Saimon se mostra impecável quando convocado. Porém na tarde de domingo nada brilhou mais que a volta do Guerreiro Imortal, André Lima se fez astro e completou a goleada com 3 gols. Grêmio 4x0 Atlético-PR.
O Tricolor Gaúcho termina a rodada em 14º e com 100% de aproveitamento dentro de casa ao comando de Roth.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cuidado! É um assalto.

Foi cômico, assim como tem sido a tempo. O timão que chegou ao fim do jogo vitorioso extrapolou limites incontestáveis no gramado, parecia assalto à mão armada para não dizer sem-vergonhice da arbitragem. A várzea foi geral incluiu até pique esconde de gandula chegando ao fim da partida com um resultado ridículo e sem direito a contestação, não me atrevo a buscar explicação para tal fato, acredito na subjetividade que produziu os erros a favor do Corinthians, afinal vivemos em um mundo que há muitas pessoas dotadas de razão, e muito poucas de bom senso.

O Pênalti claríssimo produzido pela imaginação fértil do árbitro André Luiz de Freitas Castro a favor do Corinthians iniciava uma saga de erros absurdos que ainda estavam por vir por parte do mesmo. Alguns acreditaram na marcação insensata do árbitro, porém esses mesmos comemoraram o placar ao fim do jogo, portanto é inválido qualquer questionamento sobre esta crônica. O erro é da natureza, entretanto alguns erros não são cabíveis, esse pênalti, por exemplo, é daqueles que são inaceitáveis, não tem como inocentar a arbitragem por isso sabendo que em nenhum momento Adílson toca no adversário. Inquestionável e lamentável.

Entre desatinos eis que surge um Grêmio merecedor, guerreiro e gaudério. Os momentos de estabilidade de Vilson e os tombos de Saimon passaram despercebidos em meio a tanta mudança, não mudança tática e sim mudança de comportamento dos mesmos. Douglas acordou do sono profundo levando com ele Adílson e Fernando, espetáculo visto uma vez só quando referia-se de Grêmio, mas desta vez já é a segunda. O GREnal de domingo é sinônimo clássico do que vimos nesta quarta, mesmo com oscilações no primeiro tempo Escudero, Marquinhos e Douglas representaram o que se queria à muito tempo, um time com confiança.

Não importa e já esqueci o resultado, estamos beirando a zona de rebaixamento e a única coisa que me preocupa é como ficará a consciência da arbitragem nessa noite. A influência direta desta no resultado se deu justamente quando o Grêmio estava balançado em campo, poderia ser pior se não tivéssemos colocado à prova a credibilidade que temos em nossa torcida e clube. A várzea foi geral, porém não se explica derrota com erro de arbitragem, mais uma vez o erro é nosso, seja ele nos mínimos detalhes, ou simplesmente por não acreditar que no futebol quem não faz, leva.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O imprevisível vencendo o favoritismo



Não me dei o trabalho de procurar lugares que passassem o tal de Grenal para assistir (afinal aqui ou você é galo ou é raposa, até vá lá flamengo ou fluminense, mas nem o América-MG ganha espaço nesse mundinho), apenas sentei em meu sofá e na voz de Pedro Ernesto acompanhei um jogo estranho. Não existia favorito (disseram uns) ao título de melhor em campo, nem vencedor a pronta entrega, era para ser mesmo um clássico meia sola, desqualificado e apático. Pura demagogia de minha parte.

A escalação foi genial e abriu portas que Roth nem sabia que existiam, três articuladores, dois deles fundamentais para a vitória, um time de classe, mas, imprevisível. Na verdade o Grêmio em geral foi o articulador do profissionalismo, se bem que do outro lado não se viu nada. O que era para ser sonolento tornou-se uma dose de cafeína com uma pitada de bizarrice por parte da (sempre) arbitragem vermelha, 3 pênaltis para 1 marcado, novidade? Nenhuma, nada que impedisse a comemoração azul.

Chegou ao fim da partida e a vitória podia ser confundida com a final do Mundial, carreatas nas ruas, ênfase demasiada em cima da vitória sobre o campeão da Recopa, e jogadores tentando explicar a emoção por meio da tabela do Brasileiro. Desmereceremos jamais, ainda mais uma vitória digna como esta, mas pensemos, se Grenal tão tem obviedade, outros jogos portanto chegam com o placar destacado nas chuteiras, não que seja alusão ao jogo de quarta, de maneira alguma, mas e se for? Preocupante!

Vencemos e somos donos de um título à parte do campeonato brasileiro, comemoramos ao som dos cânticos da geral e da própria mágoa amarga de outros na noite de domingo, e mesmo sem troféu na sala dormimos tranquilos, pelo menos até quarta-feira. O otimismo pode até ter um toque de ironia, mas não pode se deixar de lado sabendo que Porto Alegre nunca amanhece do mesmo jeito no dia seguinte.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A solução não está para os cegos

Nunca entendi, e se querem saber prefiro não entender como um time de alma serrana consegue cometer tal suicídio. Não me venha com picuinhas de que a equipe deu o seu melhor, e nem se camuflem de homem do tempo para culpar o calor absurdo que fez em Fortaleza e Goiânia, esta blogueira não acredita em coincidência e em suposto destino, apenas no futebol legítimo, e na roubalheira que ocorre nos vestiários do mesmo. Não bastasse isto, jogadores desqualificados no físico e no mental (muito mais no segundo) atuam com o objetivo de quase fazer o gol, de quase impedir o mesmo, e de quase concluir a marcação, sempre na iminência de crescer o Grêmio some, e para mim isso é sinônimo de um terceiro rebaixamento.

A geral se derreteu em desprezo e lágrimas, o choro se ouve a milhas de distância até mesmo vindo do manto sagrado, é um absurdo o que se passa dentro do Olímpico nos últimos dias (meses) a solução que se dá por conselheiros e dirigentes é inadmissível, além de já estar com validade vencida. O time está um caos, o mundo está desabando, e o assunto que predomina ainda é a salvação do futebol. Pode não ser simples como uma função trigonométrica de um quadrilátero convexo, mas fórmula tem e só um deficiente visual tem as desculpas de não enxergar o que está a sua frente.

O futebol se resumiu a meninos fracotes, atacantes e com um cabelo estranho. Onde está a raça, o sangue correndo no rosto quente e nervoso, a camiseta rasgada e os chamados “ogros” do futebol? Um que outro ainda vive, mas não mais para esse mundo ridicularizado por modinhas escrotas. Acreditar no potencial de Leandro é pedir pena perpétua na segunda divisão, os três volantes de Celso Roth talvez até pudessem dar certo com uma zaga de peso, Escudero poderia ser útil na frente, mas jamais no banco. Que bela solução teria se não fossem os “cegos” comandantes deste time.

Cumprimento a fiel torcida que ainda vai ao estádio em baixo da chuva e frio, mas não aqueles que fecham os olhos apenas para não enxergar a realidade. Perdemos e justificamos, colocamos a culpa em quem foi embora, em quem permanece ou em quem não existe, mas jamais assumimos os erros de nós mesmos. O que pode e deve servir de consolo é que ao menos se o Tricolor cair para a segundona teremos chance maior de sair vitoriosos e com uma taça na mão (ou talvez... nem isso).

domingo, 14 de agosto de 2011

Uma mistura de sorte com técnica

Haja tolerância para os erros, crença para a vitória, choro para a fase atual. Com uma casa recebendo 12 mil almas embaixo de chuva torrencial com frio como companhia, ao menos esperava-se reconhecimento Tricolor. Tanto faz se repórter errou o esquema tático entrevistando o técnico, muito menos se um que outro jogador tornou-se ídolo da noite para o dia, inacreditável ao ponto de ser denominado milagre, a vitória recebe as graças de um único Santo, Celso Roth.

Não o venero pela pessoa que és, muito menos por supostos poderes que dizem ter, não é, e nunca será futebol algo dependente de outros mundos para se manter aceso. O Grêmio desde o fim da passagem de Portaluppi, até os minutos finais de Julinho nunca precisou de técnico, para quê a insistência, se jogadores fazem o que bem entendem em campo? Pois bem, faziam! A necessidade de um poder extremo, uma autoridade capaz de quietar um vestiário era clara, assim como o que fechou a carreira desses dois nomes dentro do grupo: Quem os saudou, por motivos citados acima não aplaude outra vez.

Vencer o Fluminense nunca foi tarefa das mais fáceis, com Fred recuperando-se de polêmicas a força do grupo obviamente iria partir para a zaga que não temos, a falha de Victor foi a cereja do bolo e certamente o começo de uma discussão a respeito de sua titularidade dentro do grupo e da seleção Brasileira. Com jogadores agudos, mas com muitos guris de apartamento o Grêmio finalmente conseguiu tomar outro rumo na tabela sem ao menos precisar optar pelo GPS.

Celso Roth não trouxe a vitória na partida passada, mas nos devolveu o ar de tranquilidade, e o jogo deste domingo só nos confirmou o que se acreditava a tempo, nem ídolo ou auxiliar, a grosseria, o comprometimento e a rédea curta com os gaúchos resumem o “novo” comandante, Roth tem a cara tanto de Internacional quanto de Grêmio, o guerreiro tem cara de Rio Grande do Sul.

*Parabéns á todos aqueles que de alguma forma ou não contribuem com que seus filhos se apaixonem cada dia mais pelo espetáculo chamado futebol, aos pais que não necessariamente defendem a cor, as listras e as bandeiras, mas sim a imparcialidade e a dignidade dentro de um gramado.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tudo novo (de novo)


O jogo em si não foi surpresa, mas o que aconteceu logo após mostrou outro lado dos dirigentes e da diretoria do Grêmio. Sempre com respostas otimistas, mas nada funcionais, Paulo Odone surpreendeu ao demitir Julinho Camargo, sabendo que nunca foi desses que demite técnico com apenas um mês de trabalho, colocou a mão na consciência e fez uma escolha certeira, quando a ameaça de rebaixamento não preocupa mais o treinador não há o que fazer a não ser despacha-lo para bem longe. Não restavam dúvidas de que o melhor para o time era mesmo seguir a risca o que se falava a tempo, admitir certos resultados e aceita-los normalmente eram características de JC, o Tricolor que antes mal caminhava sozinho, hoje tem a chance de se reestruturar novamente com um verdadeiro técnico.

Os dias contados de Julinho não pareciam novidade para ninguém, mas o que fez gremistas e colorados pularem da cama mais cedo, foi a notícia de que Celso Roth estaria voltando para a torcida que o vaiou a pouco tempo atrás. Trata-se de um fato extraordinário, o Grêmio estaria abrindo novamente as portas para aquele impiedoso que o eliminou da Copa do Brasil e de mais um Campeonato Gaúcho. Justo? Nada mais tolerante e responsável da parte da diretoria do que dar uma segunda chance á Roth, além de um grande treinador, errou o que todos erram, mas acertou o que poucos fazem, definitivamente uma reviravolta com cara de Grêmio.

Jurar votos matrimoniais ao novo treinador (seja Roth ou não) pode gerar muita angústia e desespero, à beira da zona de rebaixamento, o Tricolor Gaúcho está na sua pior fase dos últimos tempos, culpados não serão acusados, a falta de interesse de alguns teria gerado todo este desgaste. Inevitável assim como em qualquer outro clube, estamos em um momento crítico, seja ele para salvar o próprio time, ou erguer a moral do futebol gaúcho. A insistência de Pelaipe ao contratar mais um centroavante gera maior preocupação á torcida tricolor, a necessidade de ter ao menos um jogador ameno na zaga é de extrema importância no momento, sendo assim pede-se um olhar mais abrangedor para o novo comando.

Seja o que for, tudo tende a melhorar, como aconteceu com Julinho Camargo pedimos novamente um pouco de cautela ao torcedor, o jogo da noite de ontem, como os últimos seis devem ser usados como forma de melhoramento da equipe, porém prefiro esquecer, se a diretoria quer que comece tudo novamente, é necessário que a idolatria e o passado se mantenham a distância, a quilometragem suficiente para começar uma nova história sem resquícios desta.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Uma tradição ameaçada

Nada de surpresas, um que outro absurdo rotineiro, ainda mais quando se tratando dos guapos gaúchos, vergonha é pouco, o mais válido agora é citar a queda do dólar, o preço explorador que te pedem por uma caixa de alfajor na Argentina, ou qualquer coisa relacionada a tudo. Posso parecer um pouco radical, mas convenhamos, é de extrema inutilidade falar de 11 jogadores correndo atrás de uma bola quando o resultado já se dá antes mesmo de começar a partida.

Mas a insistência é tanta, não só minha, mas de todos os torcedores e amantes do bom (ou péssimo) futebol de ainda acreditar nesse bando de interesseiros, que não me vejo fazendo outra coisa a não ser partindo para a velha corneta. É típico, melancólico, ou até desesperador ver seu time afundando, praticamente disputando a permanência na série A, é desconfortante a corneteada do rival, e ainda mais as lembranças dos gênios idealizados por nós quando o empate é o bastante, o ser humano é assim ( na verdade, o Brasileiro é assim), se conforma com o que vê.

Hoje a torcida se arrepende pelo “exorcismo” da imagem de Renato, à um mês atrás não servia, mas e agora? Não tenho o direito de contestar o trabalho de Julinho Camargo, mas como torcedora posso e devo comparar o Internacional com o próprio Grêmio, não vejo a diferença e isso é preocupante, os dois sem técnico e sem time, um GRENAL no momento geraria um empate, ou vitória colorada, o tricolor pode até ter condições, mas saber lidar 90 minutos com inteligência já é pedir demais. Pelo retrovisor do tempo o Grêmio está em busca de um lugar ameno na tabela á meses, e ao invés de brotar vitórias, apenas brotaram acusações.

Apontar ou não números, qualidade ou dirigentes não é o bastante, é preciso manter a tradição para não se tornar um manual de como pedir perdão á todo tipo de Deus do futebol para a permanência na primeira divisão, é preciso enxergar com olhos críticos sem comparações com um passado glorioso, e acima de tudo aceitar a situação atual. Como Brasileira tento entender como as equipes gaúchas conseguiram tamanha façanha, mas no fundo é de se esperar que algum time carioca ou paulista salve o Brasil no aspecto futebol.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O zoológico volta para casa

Uma história já conhecida, técnicos demitidos (ou quase isso), derrota ridicularizada nos pênaltis, e uma segunda-feira implorando ironia para encarar a situação. Difícil de aceitar a eliminação do Brasil, até por que foram 90 minutos superiores ao Paraguai, com chances claríssimas de gol e um ataque que antes da Copa América prometia sucesso imediato. A realidade porém foi outra, vimos pato, ganso, até gambá em campo, para chegar ao fim da partida e crer que o que precisamos é de jogadores e não de “animais”.

Sair de competições como essa sem ao menos levar uma medalhinha de lata, mas de honra chega a ser um convite a pensar no acontecido, não sei como é possível sair de uma Copa muito piores do que entraram, e muito menos justificar tamanho escândalo usando a desculpa da areia mesclada a grama. Fiasco, e sem comparação, nem time de interiorano perde a cobrança de quatro pênaltis. Que fiquei como lição, vexame igual, o futebol brasileiro nunca pagou.

Quanto ao Internacional não há o que discutir, três partidas é o limite, não é de hoje, nem de ontem, a regra é clara. Óbvio, não esperava-se que o vôo da ave durasse tão pouco, Falcão não fez a pior campanha de todas, apenas pegou um momento turbulento do time, não exista quem agüenta por muito mais tempo um sistema defensivo quase parando. A história já é conhecida por aqui, alfinetar a situação antes mesmo de saber quem pegará esse trem já andando e em mal estado para comandar chega a ser uma auto satirização.

O retrocesso da seleção Brasileira apesar da nostalgia trás preocupação, o planejamento para a copa de 2014 está atrasado, as greves continuam e não há dúvidas de que muitas obras serão inacabadas, uma possível aceleração está praticamente anulada dos planos. A desonra é inquestionável, o que espera-se de Mano não chega perto de ser grandioso, ganhar ou perder tanto faz, mas que ao menos se garanta nas penalidades.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

[Pós-Jogo] Grêmio 2 x 0 Coritiba



Com tantas dificuldades o Grêmio venceu o Coritiba, tarefa que em meio a tantos contratempos parecia ser impossível. Talvez o objetivo de um time esgotado nem seria vencer, com mudanças difíceis e derrotas incompreensíveis apenas um empate e uma atuação razoável bastaria. Não foi o que aconteceu e isso pode e deve ser levado para as próximas partidas. Não há hoje um gremista que esteja totalmente satisfeito, nunca terá, podemos justificar essa ânsia na repetição dos erros viciantes, mas jamais em vitórias como essa.

Concordo, não foi deslumbrante, a marcação estava péssima, erros constantes em todos os setores, menos nas defesas implacáveis do goleiro, a crença nas rezas de que Eurico Lara resguardasse o trabalho de Marcelo Ghroe salvou o que podia fazer com que nós torcedores voltássemos mais uma vez para casa cabisbaixos. Mas no geral mais parecia aquele Grêmio que raramente perdia em casa retraído na Azenha aos olhos de sua torcida, algo bom disso? Superou qualquer expectativa com o “mesmo” time que não vencia à 5 rodadas.

Gilberto Silva foi impecável, André Lima se mostrou totalmente recuperado para dar continuação á saga de vitórias do Tricolor, ainda espera-se o melhor da zaga, problema que Julinho Camargo terá que resolver com cautela ao escalar o time contra o figueirense. A ansiedade ainda preocupa torcida e diretoria, mas a paciência e a tolerância terão que ser adquiridos conforme a atuação das próximas rodadas, e as mudanças que ocorrerão nos próximos dias.

O Grêmio está nos convidando a participar desta reviravolta, mesmo não conseguindo nos dar uma sequência magnífica de jogadas ou gols, nos deu a esperança de subir na tabela, JC ainda não pode receber méritos exclusivos quanto a isso, mas se mostrou competente nessa primeira semana. Chega a ser questão de sobrevivência, enquanto eles nos dão a resposta em campo, nós alentamos nas arquibancadas geladas do monumental.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Devagar, quase parando...

Não são problemas desconhecidos, o que se viu no jogo contra o Cruzeiro na noite de ontem não surpreendeu ninguém, só deu mais alguns bons motivos para nós torcedores novamente cobrarmos da (nova) diretoria. Falta de marcação, mas principalmente de qualidade, erros em jogadas individuais e a cobrança demasiada em cima de jogadores que deveriam ser de nível um pouco mais elevado, nada de anormal, apenas a repetição do que se vê a tempo.

Vencer o Cruzeiro já é tarefa difícil, ainda mais quando este está em casa, com sua torcida em peso e com um time não exemplar, mas com uma organização invejada por muitos. O maestro da noite não chegou perto de ser Douglas, mas sim Montillo, combinando organização com a perfeição nas conclusões se mostrou um verdadeiro “meia a moda antiga”. Marquinhos ainda não vi estrear, se apresentou muito pouco, e quando conseguia tocar na bola os erros aconteciam, paciência já não pode ser relacionada à seu nome.

Quanto à Julinho Camargo não posso tirar conclusões (ainda), está tentando crescer dentro do time e acho justo darmos um tempo maior á ele. Sair com uma possível vitória no próximo domingo só será possível se JC trabalhar muito, não só o esquema tático, mas principalmente jogadas de dentro da área, o que facilita para os atacantes, e deixa o Grêmio com um ar de “organização”.

Falta muito para podermos voltar a ter um “time”, mas o importante é que temos a base de um, um treinador novo, e um novo esquema, crer ou não neste “esboço” vai de cada um. Uma semana trabalhosa com ajustes em um frio negativo na capital gaúcha, haja vontade imposta pelo treinador, pois se depender de cada jogador disputaremos a permanência na primeira divisão.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Do Beira (Lago) á Azenha



Foram inúmeras discussões, decepções, sugestões, e por fim uma lista dos mais variados homens “dispostos” a comandar o time desorganizado deixado por Portaluppi. O novo técnico não chegou como novidade, já passou pelo comando das categorias de base do Grêmio e volta para comandar os guris que acabaram de sair delas, os “cascudos” de Renato permanecem como futuras (ou atuais) revelações.

Para a maioria dos gremistas chega a ser espantoso o fato de termos um comandante que veio direto das beiras do lago Guaíba (embora alguns prefiram e insistam em chamar de rio), quando esse à uma semana atrás tinha crescido aos arredores do Olímpico e chamávamos de ídolo. Mas sabemos do porque de sua saída e da necessidade de um novo mandachuva para a equipe, mesmo que esse não tenha um nome tão notável quanto Cuca, Dunga, Dorival, ou Renato.

Aceitar ou não será questão de tempo, sabemos o quão difícil é comandar uma equipe sem empenho, mas não custa tentar mudar o jeito com que é treinada ou montada em campo, os erros do mandato anterior não devem ser cometidos novamente, principalmente usar a sorte como fonte primária, apenas alternando, mostrando serviço, para mim basta, mesmo que os primeiros resultados não me convençam.

Quanto às contratações ou estrutura tática sabemos que exige um tempo maior, a única e tão importante quanto as duas primeiras coisas que pedimos é mais credibilidade e menos suspense, o Grêmio não pode depender de tempo, mas sim de capacidade e inteligência. Planejamento em primeiro lugar mesmo que o tempo não esteja a favor, é só o que pedimos á Julinho Camargo, nosso novo comandante.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O fim do reinado Portaluppi

Sem jogadores de nível, sem torcida, e agora sem técnico, se não bastasse ainda temos uma arena parada, definitivamente não é um dia para o tricolor. Mesmo convictos de que Renato poderia sair do Grêmio ainda essa semana, a notícia chegou em forma de choque para muitos gremistas, não me surpreenderia ver a direção o mandando para fora do olímpico, mas dei um pulo ao ver que o mesmo pediu a própria demissão.

Sempre se disse um verdadeiro gremista, com o rei na barriga não hesitava ao dar entrevistas ao comando do time e da própria direção, a única coisa que lamento, é Portaluppi (e nós mesmos) não ter enxergado uma realidade óbvia, o Grêmio precisava de um treinador, e não de um ídolo. Não foram apenas seus últimos dias, mas quase seu “reinado” inteiro lamentável, difícil aceitar que eu, você ou qualquer outro gremista não conseguia achar defeitos à beira do campo, e só dentro dele.

A falta de estratégia, só para não dizer, a burrice usada para a escalação em alguns jogos, fez de um time que se dizia imortal, transcender o caótico. É preciso saber que no futebol não se pode depender de tempos, muito menos viver deles, um passado glorioso e cheio de triunfos épicos e místicos acabou, poderia ser revivido aos mandos de um técnico, mas não de alguém que não sabe separar a idolatria passada com a realidade, triste, comovente, prefiro apenas chamar de Grêmio.

O que seria ter um diferencial? Ter 100% de aproveitamento em um campeonato talvez não basta. O Grêmio já foi imortal, já teve seus momentos diferenciais esplendorosos, mas quando se perde na mediocridade do mundo do futebol, ou quando se começa a acreditar em mercenários, a primeira coisa que se perde é a credibilidade, e a única coisa que resta é um passado distante. Uma pena que tenha terminado assim, uma era, um período, um pesadelo, chame como quiser, eu prefiro chamar de Renato Portaluppi, um guri da Azenha, que escreveu sua história nos campos, e terminou a mesma à beira deles.