domingo, 30 de outubro de 2011

[Pós-Jogo] Grêmio 4 x 2 Flamengo


Fonte: Neco Varella/Agência Freelancer

A história do Grêmio se renovou neste domingo, e não me venha dizer que foi contra o Flamengo, além do mais por que números e tabelas não influenciam no temperamento de um gremista revoltado, foi contra um tal de Ronaldinho, declarado pela torcida como “não mais gaúcho”. Não me lembro de ter assistido a uma partida de tamanha pressão, ou repugnância a um jogador, dentre faixas e a recepção calorosa para a delegação Flamenguista, os gremistas fizeram do Olímpico um caldeirão, jus ao seu ódio e o 30 de outubro um dia histórico.

Materializou-se em pleno gramado a misticidade tricolor, não tínhamos time para vencer o coletivo do Flamengo, muito menos para golear este, o problema não apenas de hoje mas de todo o reinado de Roth foi o conjunto posto em campo, um atacante apenas para 3 do adversário chega a ser suicídio para a equipe, fato este que estraga todo um ano de trabalho. A preocupação exagerada com Ronaldinho influenciou tanto positivamente quanto negativamente, primeiro por que só foi possível alcançar objetivo tão prazeroso graças aos fatos ocorridos anteriormente envolvendo o ser em questão, mas muito mais negativo por pressionar de forma torturadora quem nada tinha a ver com isso.

Quando se deu derrotado, o Grêmio reagiu, e isto já pode ser considerado fato histórico dentro do clube, mas como a partida se fez em si um espetáculo é muito mais válido ressaltar o resultado final gerado pelo xerife André Lima, Douglas e Miralles, que desde o início do segundo tempo prometia ser a grande surpresa do banco de reservas. Os erros são visíveis na defesa, mas não se fala muito disso depois de marcar 4 em um domingo qualquer.

Se fez o desejo dos gremistas, o som gaúcho pôde ser ouvido nos quatro cantos do país, principalmente por que este foi solto aos prantos de uma torcida enlouquecida que teve 90 minutos para fazer uma festa incrível, e fez. Como diriam, o choro é livre, Ronaldinho chegou pela primeira vez ao Olímpico como adversário, apareceu no primeiro tempo e sumiu no segundo, como consequência perdeu. 4x2, vitória inesquecível, fato materializado em história ainda que a ironia de R10 tenha sido presenciada na maior parte do jogo, ironia agora que nos dá mais um motivo para sonhar com a Libertadores.

(Foto Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)

(Foto Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)

(Foto Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)



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domingo, 16 de outubro de 2011

Sinônimo de palhaçada

A zona de conforto estabelecida por Roth ganhou prioridade na semana passada, além da derrota na quarta (o que poderia ter sido muito pior em número de gols), a falta de profissionalismo dos jogadores chamou a atenção para um outro ponto: estamos a beira de um fim de ano melancólico para o Tricolor, não apenas pelas derrotas consecutivas, mas pela falta de comprometimento e de relacionamento da equipe. A questão é, não estou avaliando Celso que desde que chegou faz um bom trabalho no comando, e sim aqueles que deveriam estar fazendo muito mais, ao menos para “fingir” que estão realmente almejando uma Libertadores.

Entretanto vencemos neste domingo, quebramos um tabu que parecia nunca ter fim, e em um jogo sem sal nem açúcar nos sentimos a vontade para marcar um belo placar de 1x0, que ironia. E assim caminha o Grêmio, uma piada, não sabemos se choramos ou rimos, o importante é participar e crescer aos poucos, pela vontade nem tanto, mas quase sempre pela sorte. Um resumo da partida? Vergonha. Escudero marcou e só. Sarcasmo de minha parte, não há do que reclamar, afinal vencemos e estamos em 9º lugar, sátira pura.

Nosso erro sempre foi criticar os mais fracos, e agora nos vemos em mera situação enganando nós mesmos, torcedores que alentam na chuva e no sol escaldante na esperança que um ser superior derrame as bênçãos na cabeça dos jogadores e lhe coloque em 5º lugar, quer saber de uma coisa, deixa pra lá, afinal a questão é outra. Repito, é um fim de ano melancólico para o Tricolor, se contentando com vitórias medíocres, apenas em outubro, e já se despedindo do Brasileirão.

sábado, 8 de outubro de 2011

[Pós-jornada] Coritiba 2x0 Grêmio

Perdemos, e isso não chega a ser surpresa, ao menos para aqueles que perceberam os erros (ainda existentes) nos últimos dois jogos, inesperado mesmo seria se ganhasse, aí sim poderíamos enlouquecer e vibrar, o Grêmio definitivamente estaria fazendo milagre e o mundo acabaria sim em 2012, sem mais nem menos. Infelizmente é frio assim, não tem como defender a atuação do tricolor gaúcho, ainda mais quando este perde gols feitos , não defende e quando defende faz fiasco, para quem estava acostumado com times que apenas tem como objetivo permanecer na série A, a realidade agora foi outra, era o Coritiba, candidato forte ao título.

Apesar da derrota, AINDA temos motivos para explicar cada passe errado, cada gol perdido e cada (raro) gol feito. Roth não tinha opção, o departamento médico está começando a lotar novamente, com o maestro e com dois atacantes essenciais, Douglas, André Lima e Miralles estavam fora, e como se não bastasse o novo e então "ídolo" da última partida contra o Santos, Brandão, em razão de uma virose também desfalcou o time. Parece cômico, mas são pelo menos dois desses que fazem do Grêmio um time completo, sem isso falta objetividade, falta entrusamento, falta JOGO.

Acredito que a história mude, porém não logo. Difícil cobrar mudanças tão rápidas de Roth ainda mais quando este insiste em dar continuidade aos erros que mais comprometem o time, no caso, substituições erradas e sem sentido algum. Perdemos uma fora de casa e isso preocupa (e muito), inadmissível um grupo que disputa o título ter tamanho "medo" de jogar na casa do adversário. No mínimo espera-se que o Grêmio reaja ao Figueirense nesta quarta, e dê ao menos o gosto doce da vitória á todas as crianças que levam o manto azul, preto e branco para a vida desde pequenos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Peixe frito acompanhado de um novo lugar na tabela

A corneta estava solta, ou melhor, ainda está. O que antes era direcionado ao jogador Brandão por má atuação nas partidas pelo tricolor, hoje se volta ao ex-técnico “gremista” Renato, para os mais íntimos, Gaúcho, para mim torcedora, apenas o Portaluppi que um dia levou o Grêmio ao título. Com a vitória da noite desta quarta-feira em cima do Santos, por 1x0, Odone foi justo e muito feliz com seu discurso, entregou toda a responsabilidade pelos fracassos do ano a Renato Portaluppi. Não acho que deve se jogar Renato ao inferno, mas não se pode pensar diferente sobre seus méritos e deméritos dos demais treinadores que antecederam o clube, Roth está na vez e nada mais justo do que torcer para que continue progredindo.

Quanto ao jogo de ontem defino como um dos melhores na temporada, emocionante, arriscado, e motivador para a criação das mais diversas situações. Foi uma noite de calação de boca para a maioria da torcida, aos nove minutos Brandão foi chamado de ídolo por muitos, fez seu gol que parecia inevitável, mas marcou, enquanto o Santos ainda não tinha finalizado, nem se quer jogado. O ataque gremista era impiedoso, atacou o tempo inteiro, e quando não atacava marcava com quase perfeição. Escudero explendoroso, Marquinhos muito objetivo mas bom, ambos perderam gols feitos, ambicionaram mais do que tudo essa vitória e a conseguiram, TUDO ISSO era o Grêmio na noite de ontem.

Assim mesmo como você lê, com letras garrafais, o volume de jogo era excelente, mesmo vazando muito nos últimos minutos. Defensivamente o Grêmio tem problemas e corrige-os ao decorrer das partidas, se este não foi capaz de segurar o artilheiro do campeonato brasileiro, a culpa foi, e Victor mais ainda, Borges perdeu gol ridículo em um jogo em que o Grêmio comandava sem dó nem piedade. Foi um início avassalador, mesmo assim perdeu 2 gols feitos, já o Santos teve 45 minutos e perdeu 5 chances claras de gol, um time muita mais minúsculo do que maiúsculo.

Um time só em campo e apenas um gol marcado, lamentável até o apito final quando este saiu vitorioso e com mais 3 pontos somados à sua posição. Foi uma noite para relembrar da Copa do Brasil, das viradas históricas e do rosto de uns que hoje não nos fazem mais falta. Estamos em brilhante e nova posição graças ao desempenho criado por Roth e pelo “exército” gremista, apenas lhe digo torcedor: estamos entre os 10 primeiros.

Saudações gauderiada gremista.

domingo, 2 de outubro de 2011

Cobiçamos muito mais que a glória

O jogo de hoje era centro de polêmica, Mário Fernandes assunto da semana criou enorme constrangimento interno, o time que havia perdido duas consecutivas (do Botafogo e do Vasco), abusando da sorte para vencer o Avaí na ressacada, novamente nos deixava em situação desfavorável a frente do Cruzeiro, porém o que se viu contradiz tudo o que se falou nos últimos dias e a consequência (graças ao bom senso de uns) não passou de mais 3 pontos e uma nova colocação na tabela.

A fase não é boa do cruzeiro, o futebol mostrado pelo Grêmio na noite deste domingo não foi fantástico, não chegou perto de ser um grande show, apenas foi o bastante para vencer e criar expectativas maiores em relação ao G4, já o mostrado pelo Cruzeiro mais parecia sopa de hospital, não fez mal a ninguém, muito diferente do futebol que o Avaí apresentou, mesmo não pontuando na rodada passada, marcou e fez com que o Tricolor corresse atrás do que poderia ter sido um prejuízo enorme. Fato que nos permite concluir: O time do Grêmio tem bons momentos com Celso Roth, mas tem um grupo limitado, com poucas alternativas, especialmente para o ataque, o que depende exclusivamente da defesa do adversário, se esta marca forte, consequentemente não pontuamos.

Escudero finalmente achou seu lugar na ponta esquerda, Douglas se fez maestro como de costume, Marquinhos apresentou dificuldades mas materializou-se o melhor em campo, Rafa Marques indiscutível, um Grêmio aparentemente curado com algumas feridas que insistem em aparecer como uma parede chamada Brandão no ataque, jogador este que deve ser visto e revisto por Roth, na verdade Celso é quem deve ser analisado cuidadosamente por fornecer sérios riscos ao Grêmio nas suas insensatas substituições.

Fim de papo, Grêmio 2x0 Cruzeiro, crescemos e estamos apenas a alguns passos da Libertadores, passos longos estes que devem ser esculpidos não só por Roth mas também por nós. Pensar na insistência em manter Miralles fora do jogo, na falta de agilidade, ou nas polêmicas relacionadas à filhinho de papai (que joga muito por sinal), só ocuparão meu doce e sagrado tempo, penso no futuro do Grêmio, este que hoje está muito mais perto de ser glorioso.