quarta-feira, 29 de agosto de 2012

[pós-jornada] Grêmio 2x0 Vasco


O universo conspirou a favor do Grêmio esta noite. E não foi UMA vez, foram vários os momentos que levaram o Tricolor Gaúcho a conquistar uma posição confortável no campeonato. Uma noite para ser comemorada intensamente, afinal em campo estava um Grêmio leve, fluente e decidido de que esta terminaria assim. Conseguimos uma vitória inédita em cima do Vasco da Gama, o que permite com que a equipe comece a sonhar além, não se conformando apenas com a Libertadores, mas almejando o título do Campeonato Brasileiro. 

Em um jogo em que a vitória pessoal não era o forte, Moreno, antes mesmo de a partida iniciar, era cotado como um dos favoritos a marcar pelo tricolor na noite de hoje. Marquinhos tinha uma grande responsabilidade pela frente, substituir Elano, jogador de velocidade e que consegue cumprir seu papel em campo, seria, em minha opinião, praticamente impossível, afinal aqui estamos falando de uma comparação inexistente, jogadores com características totalmente diferentes e com um rendimento muito distinto.

Quanto ao adversário direto desta noite já tínhamos ideia de como iria reagir, era de se esperar um Vasco que apenas se defende, mas que com uma zaga forte dificultaria a penetração por parte do Grêmio. A importância da partida muito se colocou a prova nestes 90 minutos, Pico e Kleber surpreenderam pela qualidade imposta, Anderson pela técnica e as boas condições que apresentou em conjunto com Zé Roberto, e o Gladiador por ter arriscado quando nada mais se esperava deste, o gol que fechou a conta no Olímpico.

Definitivamente hoje pode-se dizer que o Grêmio está sendo reconhecido por seus próprios méritos, a insistência e volume de jogo foram as principais características de pelo menos as últimas 3 partidas. Orgulhar-se de torcer para um time que, diga-se de passagem, está completo é sem dúvidas, para nós gremistas, a sensação de dever cumprido. Mas não poderia deixar de citar aqui o fator principal pelas vitórias consecutivas e por hoje estarmos comemorando mais uma delas, Marcelo Grohe tem se mostrado o personagem principal de nossas histórias, o que aponta alguns problemas nos setores, mas que por enquanto me conforta por saber que o Grêmio pode, acima de tudo, confiar em seu goleiro. 

domingo, 26 de agosto de 2012

Em seu devido lugar

Espetáculo, aquilo que chama e prende a atenção. Definido desta forma pelo dicionário, hoje me dou o direito de dar à palavra um sentido muito mais amplo. O contexto em si já engloba dois grandes clubes tradicionais, ambos com um mesmo objetivo, este muito menor do que a definição de um clássico Gre-nal. Números hoje não foram capazes de inferiorizar a mística que envolve o clássico, assim como sempre foi, Grêmio e Internacional entraram em campo como incógnitas, jogaram em estádio, gramado, tempo e ânimo típicos de um dos maiores (se não maior) confronto, de equipe e torcida, existente no futebol. Um jogo pesado que merece ser reconhecido aqui como um tremendo espetáculo.

O que deu a vitória ao Grêmio foi um diferencial muito pouco visto em clássicos anteriores. Enquanto uns guardam a sete chaves a escalação, Luxemburgo apostou na mesmice tanto no meio campo quanto no ataque, como tinha uma forma de jogar pronta não impôs surpresas, muito pelo contrário, abusou da naturalidade do comportamento dos atletas. A forma como o Grêmio joga hoje, utilizando o meio campo e ataque que construiu ao decorrer dos jogos, tende a dar certo na maioria deles. Pará na direita e Anderson Pico na esquerda conseguem converter problemas na função, dando tranquilidade para que principalmente Elano, Zé Roberto, Marcelo Moreno e Kleber articulem-se da melhor forma possível no ataque.

O fato é: o Grêmio definiu um modelo de jogo e é isso que está dando certo. Claro que vamos ter cautela, mas o importante agora é ter uma forma de jogar que pode ser chamada de “nossa”. O que preocupou hoje foi a saída de Elano logo no início da partida, não a ausência em si, mas como este jogador se tornou fundamental na equipe. Marquinhos, que inclusive muito está fazendo pelo tricolor, defende a função bem, porém não com a qualidade que tem o número 7. Um futuro problema, mas pequeno se tratado com urgência.

Não sei se há sensação mais agradável e prazerosa do que vencer um Gre-nal. É inexplicável o que se sente no grito do gol, ou na aflição dos minutos finais. Mas o clássico de hoje teve um sabor diferente, talvez por ter sido sondado e muito mal elaborado pelos donos da “casa”. A recepção nada calorosa e um tanto “molhada” só nos dava mais motivos para querer esta vitória. Veio cedo, clara e objetiva, assim como se fosse um agradecimento especial aos colorados que nestas últimas semanas não souberam colocar a educação em prática. Um banho de água fria, e um “bem vindo” todo simpático aos MIL colorados que estarão presentes no último GREnal deste ano.

Saudações Tricolores. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Definindo imortalidade


Não foi apenas UM erro que quase eliminou o Grêmio da Sul Americana nesta noite, dentre os vários podemos citar um que talvez seja o responsável pelos outros que resultaram no placar final da partida, o fato de que o Grêmio (não só hoje) confiou sua classificação apenas ao resultado com que entrou em campo. No primeiro jogo a vitória do Grêmio no Olímpico veio através da superioridade que tivemos ao enfrentar o adversário. Apesar da “ligeira” vantagem sabíamos da qualidade que estávamos por encontrar novamente. Um erro fatal, que felizmente (e por sorte) pôde ser confrontado apenas pelo achismo, até porque uma partida como esta exigia um Grêmio muito maior.

O Coritiba é um time que joga para frente, é composto de um ataque que precisa ser milimetricamente marcado, uma defesa altamente perigosa a qual merece atenção redobrada, este definitivamente era um jogo de pura estratégia.  Luxemburgo talvez não tenha sido competente o suficiente ao escalar seu grupo. A escalação com Marquinhos seria um problema, afinal Elano e Zé Roberto constituíam uma dupla de armadores magnífica. Não foi diferente, para um jogador que tem entrado bem apenas no segundo tempo seria no mínimo óbvio que sofreríamos ao decorrer da partida.

Kleber Gladiador antes de a partida começar era indicado como mais do que importante, ele era fundamental. Interessante que ao decorrer do jogo a tal força máxima, e a briga pela posse de bola foram características de Elano, Pico, Pará, Moreno, mas não Kleber, este foi muito inferior ao que costumamos ver.  O Grêmio inverteu completamente a tendência de jogo, tirou o máximo do proveito da vantagem que ganhou em Porto Alegre e, de igual para igual em vários sentidos, usufruindo dos inúmeros adjetivos que o denominam, conquistou uma classificação histórica.

A lógica parece não fazer mais sentido quando o impossível acontece. Na tentativa de conter esse ímpeto ofensivo do Coritiba, o Grêmio, em uma jogada que parecia não dar em nada, marcou o início de uma bela campanha pela Sul Americana. Esta se justifica através da importância de ter um centroavante mobilizado o tempo inteiro, ou pela necessidade de passar por cima de uma sina que parecia nunca acabar. Porém ainda prefiro acreditar que esta se justifica através da pertinência pela vitória, uma vontade incomparável de ser chamado de imortal.   

domingo, 19 de agosto de 2012

Qualidade para definir


Difícil cair em si que esta é a penúltima rodada do primeiro turno do campeonato Brasileiro, dentre os tantos jogos complicados que tivemos nas últimas semanas, é um tanto quanto alucinante ver o Grêmio em quarto lugar da tabela, só não ainda consolidado pela diferença de um Gre-Nal. O jogo de hoje justificou tal colocação, contra o lanterna Figueirense (desfalcado e imensamente fraco se comparado ao Tricolor Gaúcho) apenas competia ao Grêmio passar por cima deste adversário, o que não se fez diferente, dominou amplamente, criou inúmeras finalizações, várias jogadas com um sistema de criação elástico. Quebrou um tabu com uma goleada que define a solidificação de um time preparado para o clássico, e claro, uma qualidade totalmente superior ás dos outros jogos.

Melhor posicionado em campo e praticamente completo, o Grêmio apresentou ao torcedor não apenas um novo uniforme, com Pará e Kleber de fora, Marcelo Moreno era quem voltava a assumir a posição no ataque, junto com Leandro, tinha tudo para uma atuação movimentada, de inclusão, força e muita qualidade. A oportunidade para quebrar um tabu antigo era a melhor possível, e é claro que não deveria persistir, até porque, como havia dito, são dois times com condições técnicas muito diferentes.

O Figueirense é um time muito fraco, sua colocação no campeonato se justifica através da partida que fez hoje. Quanto ao Grêmio, temos visto além de vontade e persistência, uma individualidade em especial que chamou a atenção de muitos torcedores, um Anderson Pico renovado, que parece estar disposto a chegar onde ele disse que chegaria, certamente o Grêmio está ganhando um extraordinário lateral esquerdo. Os lançamentos que definiram o primeiro tempo só nos deixam a certeza de que agora sim o Grêmio pode se declarar um time completo.

Trituramos o adversário e prevalecemos em todos os sentidos, taticamente, defensivamente, em tudo. Importante agora que o Grêmio mantenha essa garra e raça para continuar nesta tendência. Precisa manter a pegada e a proposta afirmativa de jogo para apenas depois pensar em qualquer tipo de descanso. Em uma partida que ao fim do primeiro tempo tudo já estava definido, começamos já a pensar no último jogo do primeiro turno, um clássico de rivalidade incomparável, mas que se dependendo das atuações de ambos os times terá qualidade inquestionável. 

domingo, 12 de agosto de 2012

[Pós-Jornada] Grêmio 2x1 São Paulo


Um final de semana importantíssimo para os guris do Grêmio, o dia em que os papais heróis em campo, e fora dele, receberam uma homenagem de tirar o fôlego. A insistência para a consolidação de mais uma vitória foi sinônimo da vontade que faltou no jogo anterior contra a Ponte Preta, e para a surpresa e indignação de uns, o Grêmio, que parece estar mais completo e claro do que almeja, venceu seu adversário no último minuto de jogo. Garra, raça, vontade e determinação, os fatores principais que levaram a dupla Grenal  fazer deste domingo um dia mais do que especial.

O fator local era o único que colocava o São Paulo à frente, o Grêmio tinha tudo para vencer pelas circunstâncias e também pelo seu momento, um time já ajustado que somava pontos a seu favor se comparado ao seu adversário. O Tricolor Gaúcho se defendeu com qualidade, faltava definir, mas aos poucos conseguiu mudar a cara de um jogo que antes estava de igual para igual. Jogando no Morumbi tinha um problema a mais para lidar, o fator local sempre foi uma dificuldade, ainda mais quando se começa com saldo negativo.

Enquanto alguns sugerem que tenha sido exemplar a partida, eu vou mais a fundo. O Grêmio parece estar insistindo em uma deficiência ao decorrer dos jogos. A falta de finalização acaba gerando partidas raras como hoje, mas na maioria das vezes empate e, até mesmo, a derrota. Elano teve duas finalizações no primeiro tempo, Kleber e Moreno nem se quer apareceram, talvez seja apenas questão do técnico rever o posicionamento da equipe, e até a possibilidade de Marquinhos aparecer mais, não apenas nos últimos minutos de jogo.  

Um time fora dos trilhos sai do G4 em instantes e o culpado sempre fica como incógnita. Por isso manter o equilíbrio agora é fundamental, principalmente no relacionamento entre diretoria, técnico e jogadores, para fechar a balança com o apoio da torcida. A situação do Grêmio continua sendo estável, porém é de extrema importância que permaneça nesta campanha. Hoje pode ter sido sorte, amanhã talvez não dê certo, alterações em minutos finais não podem intrigar torcedores e jogadas de bolas aéreas são muito estáveis para serem principais. Precisamos de um Grêmio sem muitas alterações no comportamento, que ao iniciar a partida entre como vitorioso para depois ser chamado de glorioso, mas não ao contrário. 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

[Pós-Jornada] Grêmio 0x0 Ponte Preta



Uma entrevista concedida nesta quinta-feira pelo treinador argentino Ricardo La Volpe não seria de interesse se tratando da partida entre Grêmio x Ponte Preta desta noite, mas me chamou a atenção quando fez questão de esclarecer como é sua visão a respeito do futebol atual, eis o que declarou: “Camisa não ganha jogo”, “Agora se ganha com os homens que a equipe tem dentro do campo.” E então esclareço o motivo da alusão.

Luxemburgo iniciou apostando na rapidez. Buscou um time de marcação, forte na saída de bola em um jogo onde 3 pontos seriam muito bem vindos, e a vitória sob um adversário que apenas tenta se manter, obrigatória. Pois bem, enquanto um placar a nosso favor seria fundamental, a Ponte Preta surpreendeu a tão falada exposição, firula, enfim, a nova postura adotada pelo Tricolor. Quem antes atuava para perder OU ganhar, hoje se submeteu a uma partida miserável, dizendo estar usando a mesma estratégia para jogos pontuais e de grande valor, gerou um empate.

Percebo que a questão de a Ponte Preta ser ou não um time pontual, acabou, de alguma forma, interferindo no placar. A definição que se tinha deste clube em geral antes da partida, relaxou a equipe, justamente pelo achismo insensato de que a macaca “ainda” se encaixa no termo “médio”. A ambição do Grêmio poderia ser a maior possível, mas para quem está disputando um título é inadmissível jogar mais ou menos por “deduzir” que seu adversário, que se encontra em nono lugar na tabela, não seria capaz de vencer a partida.

Posso parecer um pouco pessimista, afinal o Grêmio surpreendeu a todos desde o início do campeonato, fez uma campanha brilhante e, mais do que isso, soube apostar nos seus jogadores. Só assim, como quarto colocado na tabela, para percebermos a qualidade que foi adquirida em tão pouco tempo. O Tricolor gaúcho aprendeu muita coisa com o professor Luxemburgo, mas parece que em alguns momentos ainda precisa baixar a cabeça e diminuir o ego. Afinal, Ricardo La Volpe já deixou claro: Camisa hoje em dia não ganha mais nada. Mas algum dia ela ainda pode te surpreender.