domingo, 15 de julho de 2012

[pós-jornada] Grêmio 3x1 Cruzeiro


Um domingo para direção e torcida comemorarem com razão, afinal havia muito tempo que resultado algum se via de um jogador recém contratado. Elano chegou para realizar o que parecia impossível, devolveu ao Tricolor a articulação ofensiva e a criatividade tão questionada pelo torcedor. Não quero em hipótese alguma desmerecer Kleber e companhia, mas estes em setores que exigem criação pouco fizeram, o que soma sim pontos a favor de Elano que conseguiu dar a assistência necessária para que a qualidade voltasse a existir no sistema ofensivo.

Contra o Cruzeiro, o Grêmio foi totalmente superior, com um discurso vencido pela primeira vez se viu atividade produtiva em campo, Kleber e Marcelo Moreno inverteram a lógica e consolidaram seus princípios, mostraram jogo e uma personalidade que não vinha aparecendo. A boa atitude que fechou os 3x1 de hoje tem todos os preceitos básicos para fazer um bom campeonato, mas ainda com uma pitada de falta de qualidade no meio campo, o que pode com o decorrer do tempo derrubar novamente o tricolor gaúcho.

Em termos gerais o sistema tático de Luxemburgo funcionou tanto defensivamente quanto ofensivamente. Se antes precisávamos de um jogador de criação e articulação ofensiva, hoje temos dois, Zé Roberto e Elano mostraram-se capazes não apenas de criar, mas de mudar todo o comportamento do grupo. Se viu muita qualidade, criatividade, muita técnica, porém ainda não se dá para ter uma referência  de articulação. O Grêmio entrou em campo disposto a vencer e saiu vitorioso, mas ainda peca em muitos fatores, principalmente no fator imortal.

Hoje temos um grupo de grande aceitação pela torcida, porém o que percebe-se é que toda vez que um novo jogador chega no plantel o Grêmio conta a mesma história. De que vale contratar Zé Roberto, Elano, Gilberto Silva se estes são instáveis? O reconhecimento só será percebido quando de fato o Grêmio conseguir manter uma sequência de gols e vitórias, quando não depender de um único exclusivo jogador, ou talvez quando parar de querer fazer do Grêmio o cemitério da Seleção Brasileira.