sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A lógica (des)necessária

A explicação da derrota da noite passada para o Botafogo não pode ficar somente em números frios, sabemos o quanto fez falta um ataque consistente, parecendo assim uma grande injustiça para o Tricolor gaúcho que fez uma atuação praticamente perfeita se não fosse a falta de um score favorável. Mais vontade, mais dedicação, mais posse de bola, mais chances à gol, mais tudo, e mesmo jogando no seu limite perdeu a chance de sonhar mais alto na tabela, o Grêmio foi extremamente contra a obviedade do futebol.

A facilidade quando aliada com qualidade constrói resultados fantásticos, e o Botafogo já tendo como consciência sua aptidão achou não só na defesa, mas em todo o grupo tricolor as chances claras para a vitória, um ataque de aparência e uma defesa vulnerável. O que era para ser uma reabilitação no campeonato torna-se novamente pesadelo para os gaúchos, são duas derrotas seguidas, o que compromete o futuro do time e a carreira de Roth dentro dele.

A falta de infiltração na área é o maior problema do Grêmio no momento, é este o culpado pela falta de gols e pela maioria dos erros em outros setores. Para não deixar gurizada nenhuma chorando é importante ressaltar a vontade resgatada e a individualidade independente de cada jogador, ver que o Grêmio já começa a se acostumar sem Leandro (que em Outubro vai para os jogos pan-americanos) é um grande começo para os futuros jogos.

Quando entrou no Grêmio, Roth tinha o objetivo de tira-lo do rebaixamento, o Tricolor hoje tem base forte e aparentemente está “longe” deste, pela lógica da competição o Grêmio não está disputando título só está tentando reafirmar um time, que fique claro à todos que não é impossível a chegada no G4 e ao título do Brasileiro, mesmo perdendo qualidade ao longo das partidas ou parecendo loucura minha, pela coerência, é esse o ritmo.

sábado, 17 de setembro de 2011

Quatro doses de pura ironia

Aconteceu o que não deveria acontecer e que consequentemente não ocorria à tempo, era em campo (ao menos nos dois primeiros minutos) um Grêmio em pleno auge do campeonato, que jogava com sabedoria e com a consciência que se deve ter um clube de tal compromisso com sua torcida, porém a desintegração do Tricolor foi se fazendo logo no começo tendo como consequência uma goleada impiedosa, mostrando o quanto é superior o time carioca e apontando as mesmas diversas dificuldades em todos os setores do clube gaúcho.

O que deve ser submetido a um questionamento é a qualidade perdida em tão pouco tempo, um Vexame em São Januário que desperta a dúvida nos torcedores. O time adversário sentiu-se totalmente à vontade em campo fazendo da partida um verdadeiro amordaçamento para o tricolor, uma tortura sem explicação concreta, mas com uma pitada de ironia por parte do mesmo, se antes era superior, hoje volta aos escuros, velhos, mas conhecidos cantos de um campeonato maldoso. Qual será o verdadeiro Grêmio?

Era uma prova de fogo, um jogo emblemático que deveria mostrar a superioridade do Grêmio sob um time de ponta, mas a ideia coletiva de futebol avançada deu-se ao Vasco, e nem aprimorando a capacidade de finalização o Grêmio conseguiria reverter os erros iniciais. Não há quem se salve da culpa pela vergonha desta noite, as substituições de Roth beiraram o ridículo pedindo uma goleada cada vez maior, o que mais uma vez nos fez pensar para que foi contratado. Edcarlos alcançou o nível mais desprezível do futebol, vergonha absoluta para um time sem valor algum.

Foram necessários 18 anos para uma chance que parecia ser favorável ao Grêmio, e nem assim soube ser aproveitada. 13º lugar na tabela,uma goleada nas costas, 14 jogos, erros graves de uma arbitragem desqualificada e muito trabalho a ser feito é o que tem pela frente. Tudo isso favorecendo ou não, e apenas uma conclusão: O Grêmio provando que ainda não pode brigar por algo maior no Brasileiro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

108 anos de uma vida imortal



Tão difícil ou até mais que explicar o sentimento gremista é aguentar firme para falar do próprio Grêmio sem se emocionar em um dia tão importante para toda uma nação. São 108 anos de história de um clube gaúcho que faz jus ao estado, um pouco assustadora, triste, melancólica, comovente, alucinante, mas exageradamente apaixonante. Nascido e orgulhosamente criado em um pedaço de chão diferente do resto, para assim definir uma terra de azuis e vermelhos que acabou se tornando o país dos gaúchos.

Se pertencente à outra parte do mundo gaudério não tente entender essa homenagem, apenas reflita ou feche a página, não preciso que tentem compreender a “loucura” de um gremista, e muito menos que percam tempo questionando nossa euforia que leva ao delírio. Porém se tu és torcedor considere-te o homenageado, o motivo pela existência e tradição do clube é daquele que vibra um GREnal como uma final de campeonato, e chora desesperadamente ao assistir pela 58º vez a batalha dos aflitos. É você que embaixo de sol escaldante e de chuva torrencial parte ao estádio para apoiar o que chama de amor incondicional.

Seja gremista, apoie e chore. São essas lágrimas que te fazem perceber o quanto é grandioso e transcendente torcer pelo Grêmio. 108 anos de um clube e de uma torcida absoluta, absolutamente imortal.

“O Grêmio da várzea da Baixada, olímpico Grêmio! O Grêmio incendiário do Foguinho, o Grêmio de botinas do capitão Froner. Grêmio do tanque Juarez, de Alcindo bugre-xucro de Wilson Cavalo, de Aírton Pavilhão, de Lara, Germinaro e Danrley. Grêmio de poncho e de coturnos. Grêmio lanceiro negro, de tantos ponta-de-lança e de todos os volantes de contenção. O Grêmio de Leão e De León, de Ribeirinho e Ramão, de Feio e Pelado. Grêmio de Paulo César Caju, Mário Sérgio e André Catimba. Grêmio de Loivo e Yura. Grêmio de Anderson Polga, Emerson, Eduardo Costa - na frente da zaga. O Grêmio de Divino. Grêmio de futebol porto-alegrense. Futebol de verdade, porque futebol-arte, todo mundo sabe, é coisa de fresco." – Eduardo Bueno

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Contra tudo e contra todos

O Grêmio confirmou seu crescimento no campeonato, contra a arbitragem e contra todos, garantiu a quarta vitória em cinco jogos, de certa forma, com adversários de nível até superior que o próprio tricolor gaúcho, que ao fim foram totalmente anulados pelo forte sistema de marcação imposto pelo time de Roth, o que deixa de lado (por enquanto) picuinhas a respeito de técnico e garante melhoramentos e perfeição para as futuras partidas.

O esquema tático prioritário de Celso (4-2-3-1) parece estar dando certo, não devemos descartar a maturidade dos jogadores nos últimos tempos, mas convenhamos que a base do progresso visto em campo vem sim da organização dos três meias ofensivos e de dois volantes, os quais enfrentam qualquer adversário seja ele do topo ou do rebaixamento, com a mesma postura, com desfalques ou time completo, sob qualquer situação.

As laterais tornaram-se fundamentais para a escalada na tabela, ao lado direito Mário Fernandes e Marquinhos conseguem o improvável, à esquerda Escudero e Júlio César anulam qualquer crítica relacionada ao setor, o que não deixa de ser suporte para definir as demais funções. Porém entre tantos nomes (hoje) fundamentais, Douglas é o que se sintetizou mais “completo”, uma raridade em campo capaz de iniciar e terminar o jogo a hora que bem entender, sem depender de juiz gatuno ou de qualquer mando do treinador.

Nos cabe agora comemorar a nova fase e ficar de olhos bem abertos para a arbitragem, não é a primeira vez e nem será a última que os larápios destruirão a credibilidade do futebol brasileiro, falta de consideração ao torcedor é pouco, precisamos reivindicar e cobrar daqueles que hoje (ainda) podem fazer algo à respeito. Clareza e seriedade para um futebol digno, não que o campeonato brasileiro mereça, mas para quem enxerga com outros olhos, o futebol em si merece sim maior consideração e menos roubalheira.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

[Pós-Jogo] Grêmio 2 x 1 Bahia



Estreia na Bahia assim como para todos os gremistas, o Grêmio que estava ainda acordando da goleada do domingo passado despertou curiosidade entre a torcida por ser um jogo fora de casa e comprometedor para o futuro do time, mas sem esforço, novamente fez nobre atuação, garantindo (aos poucos) a fase crescente na classificação e na opinião de vários.

Um primeiro tempo digno de quem merecia sair vitorioso, mais uma vez Saimon atendeu o chamado de Roth e teve desempenho brilhante enquanto Douglas, Marquinhos e Escudero ajustavam o meio campo. O placar aberto por Brandão deu o ânimo necessário e a tolerância para um término de primeiro tempo com pênalti (inexistente) perdido por Douglas, um gol merecido de Escudero e um segundo tempo assustador.

O jogo era de grande importância para ambos os times, se antes era o Grêmio quem comandava o jogo a partir do segundo tempo a história se fez outra, e o Bahia com um potencial monstruoso não deixou dúvidas que queria aquele placar tanto quanto o Tricolor Gaúcho. Souza com pênalti (inexistente) fechou o placar, 2x1 para o Grêmio com atuação brilhante de Victor e de toda a equipe. Os erros ainda visíveis tendem a sumir com o tempo e com a técnica (ainda) funcional de Roth, o Grêmio se fez outro em campo e está muito mais compreensível, mais um motivo que nos leva a crer que a gratidão virá em dose dupla para a torcida.

O jogo de domingo chega a ser sufocante antes mesmo de começar, um confronto de tricolores que promete muito mais que 3 pontos, um jogo sem chororôs, e bandidagem da arbitragem, o conflito necessário para avaliar todos os setores do Grêmio e assim tomar conclusões sobre seu futuro no campeonato.

“Futebol: esporte insano jogado por uns tipos semelhantes a escravos e gladiadores, apreciado por hordas de fanáticos ensandecidos e organizado por maltas de espertalhões.” - Rogério Silvério de Farias

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

[Nota] Grêmio 4x0 Atlético-PR

Já era hora de uma reação convincente do tricolor, a apelação (sem graça) dos últimos dias fez com que muitos torcedores trocassem os jogos de domingo por um chimarrão à beira do Guaíba. Porém o público se fez grande na tarde deste (premonição de alguns talvez), e a história foi totalmente diferente das brincadeirinhas de mau gosto que costumávamos ver. Interessado e consciente da necessidade da vitória entrou o Grêmio em campo, a perfeição dos minutos iniciais repetiu-se por longos e prazerosos 90 minutos retomando a esperança de quem sonha por mais uma Libertadores. Não se sabe o motivo pelo qual o Atlético-PR recusou-se a jogar, entendo que seja pelo sistema tático implantado por Antônio Lopes, para não dizer ridículo uso imprevisível. A necessidade de ter o autor do primeiro gol, Escudero, aumenta a cada dia (incompreensível a decisão de deixa-lo no banco no comando passado), Mário é sem dúvidas o comandante da lateral e Saimon se mostra impecável quando convocado. Porém na tarde de domingo nada brilhou mais que a volta do Guerreiro Imortal, André Lima se fez astro e completou a goleada com 3 gols. Grêmio 4x0 Atlético-PR.
O Tricolor Gaúcho termina a rodada em 14º e com 100% de aproveitamento dentro de casa ao comando de Roth.