domingo, 11 de novembro de 2012

Livre de críticas


Chega de racionalidade, neste momento não cabe apontar erros ou culpados para um ou dois momentos do campeonato que deixamos de aproveitar, o Grêmio indiscutivelmente fez uma das partidas mais emocionantes dos últimos tempos, o que lhe garante passe livre para as críticas de hoje. O jogo no Olímpico era decisivo, principalmente pela briga entre este e Atlético-MG pela vice-liderança. Na disputa com o São Paulo o Grêmio tinha uma boa vantagem, mas na briga para chegar ao segundo lugar e para buscar a vaga direta para a Libertadores precisaríamos sem mais nem menos de uma vitória. Dito e feito, era promessa de Luxemburgo, era a vontade expressa nos olhos de cada jogador, era a lágrima do torcedor Gremista. Um Olímpico repleto de sentimentos que em campo colocava a garra como fator primordial.

Era mais do que evidente que o Grêmio apostaria todas as suas fichas para esta partida, fichas que até então não tinha. Era um Grêmio sem Kleber, Elano, sem a ofensividade que costuma ter se tratando de jogos com esta importância, porém quando se trata de um estádio lotado pedindo a permanência de Luxemburgo é por que este sabe como deve agir e escalar seu time independente da situação. O Grêmio, ignorando alguns atropelos do primeiro tempo, evidenciou seu objetivo na etapa final, consolidou a vitória, e enfatizou o que sabe ser de melhor: IMORTAL.

Faço questão de destacar essa tal de imortalidade, a partida de hoje foi em um ambiente de grande fator emocional, um estádio lotado que agora nos remete a uma das últimas recordações do Olímpico. Se tratava de um grande jogo, mas antes de tudo existia a preocupação em eternizar o que já se declarava eterno, o componente emocional que atingia todos os jogadores, independente de tempo dentro do clube, foi um dos principais personagens desta vitória. Uma história de vida (mesmo que curta) dentro do palco de muitos eventos, que teve como o mais bonito deles O FUTEBOL.

Como dói a mim, e provavelmente a todos os torcedores ver o que chamávamos de casa sendo destruído, um monumento não só importante, mas um pedaço da história de todos os gremistas. O Grêmio hoje não ganhou uma partida, ele através de passes nos fez relembrar os milhares de jogos que lá assistimos, através de faltas a dor que muitas vezes passamos, através de um susto as derrotas que tivemos, mas através da vitória nos fez recordar e viver novamente e pela penúltima vez o que é ser Imortal dentro de um estádio digno para isto.

11/11/12 - Últimos aplausos, últimas lágrimas, que jogo fez o Grêmio, que história conclui no Olímpico. Últimos acordes de uma torcida apaixonada dentro de uma morada que vivemos por mais de meio século.  

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