A tensão que marcou a partida da noite deste domingo só pôde ser sentida por aqueles que, até agora, não haviam ainda precisado justificar resultados com adjetivos negativos. O Grêmio, exemplo clássico deste segundo turno, não apresentou a superioridade notória dos jogos passados, o que não acabou com sua invencibilidade e nem com a fantástica sequência que vem exibindo, mas de alguma forma nos devolve a preocupação por ter de lembrar da longa e estressante jornada a qual soubemos enfrentar com disciplina e principalmente responsabilidade, mas também com muita paciência.
Foi esta quem faltou hoje. Ao que tudo indicava no início da partida, o Grêmio dançaria em Novo Hamburgo e atropelaria seu adversário e mais novo alvo. O sinônimo de time ofensivo, assim como aquele que resolve encarando os problemas de frente, hoje não conseguiu achar em seu elenco uma solução para seus problemas, nem Kleber que briga arduamente pela artilharia e é o principal nome da temporada conseguiu aliviar a tensão para o Tricolor. Faltou a sobra que existia até o jogo passado, faltou disciplina, faltou resposta do time dentro de campo.
O segundo turno do campeonato Gaúcho vem mostrando que a qualidade está sobrando tanto de Grêmio quanto de Inter. A facilidade existe certamente porque a questão física não é mais tão preponderante quanto foi no primeiro turno, o que consequentemente nos permite concluir que a qualidade técnica também conta (e muito). Fernando, por exemplo, vem crescendo e mostrando potencialidades cada vez mais, porém o que incomoda agora, é a tentativa de entender o que aconteceu com outros que brilharam em jogos anteriores e hoje simplesmente (sem justificativa) não foram percebidos.
De certo modo foi decepcionante, afinal vínhamos de uma sequência incrível de goleadas e vitórias. Vencer a partida pode confortar uma noite de domingo, mas não a quem quer ver muito mais do Grêmio em campo. O que Bertoglio pode render em uma sequência? Como Pará pode ser útil ao elenco? Ou até onde o Grêmio de Luxemburgo pretende chegar? Perguntas com respostas que parecem claras, mas que se for parar para pensar não fazem sentido algum. Que o imprevisível se torne mais raro daqui em diante.
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