quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Que a justiça seja feita


Muita coisa mudou de um ano para cá, para melhor acredito. Os que fazem seu trabalho encarando os problemas diários encontrados na equipe e fora dela parecem estar respondendo de acordo com os gostos da torcida, ou com novas contratações, com novos técnicos e com investimentos fora de campo. Talvez nem tivéssemos de que reclamar se o futebol fosse baseado na ideia desta repugnante vitrine supérflua, não deixa de ser, mas ignorando o estilo e a firula, os mais críticos preferem se dedicar exclusivamente aos capazes de assinalar os erros em campo e não de descartá-los, e é então neste ponto que a discussão se inicia.  

Era noite de gala, importantíssima para o Grêmio em todos os quesitos, era a chance de manter um sonho vivo, acordado, de pé. Na teoria era apenas uma boa jogada de marketing, um bom planejamento e jogadores capazes de entrar em campo e jogar futebol. Pois bem meu caro, não é assim que as coisas funcionam. Na prática, contra o tão temido Fluminense, Zé Roberto foi a peça fundamental, decisivo, de equilíbrio e experiência conseguiu dar o tempo da jogada para que o Grêmio ficasse com maior posse de bola no seu campo ofensivo, porém o que pesou foram os erros “ignorados” do primeiro parágrafo que renderam um empate de sinônimo “justo” para ambos os times.

Postergar a maneira errônea de como alguns jogadores entram em campo, neste caso Marcelo Moreno, é o mesmo que dar o tiro no próprio pé, foi gritante, apelante, ridículo. Toda a ambição que até então o Grêmio tinha ao enfrentar o Fluminense fora de casa foi (na maior parte) destruída por um erro banal de um jogador que muito já contribuiu, porém hoje através de uma infantilidade desandou o que podíamos estar comemorando: uma vitória. Não existiam facilidades para este jogo, portanto era no mínimo fundamental que erros fúteis fossem evitados.

De certa maneira o Grêmio soube conduzir a partida depois dos imprevistos, não saiu apenas no erro do adversário e avaliou bem quais eram suas prioridades, como placar final o empate de nada serviu, porém no enfrentamento do jogo se for levar em conta a disputa, superamos em termos de finalização e de criação o Fluminense . De todos os males o mais tranquilo digamos, apenas um ponto que ainda não nos tira da disputa, mas um jogo para refletir principalmente sobre os variados comportamentos que temos dentro do time, desde um goleiro que salva, mas por vezes erra e acaba comprometendo, até um atacante que muito já fez mas hoje se queimou frente a sua torcida.

Funções que exigem qualidade, mas principalmente inteligência para poder administrar. Assim ressurge uma esperança deste Grêmio da alma castelhana que por um fio ainda conseguiu colocar justiça no marcador.
Não tá morto quem luta e quem peleia. 

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