sexta-feira, 2 de março de 2012

Precisamos de humildade para reconhecer

Muita coisa mudou de um ano para cá, desde o início do comando Portaluppi, em agosto de 2010, é que se podem perceber descasos da diretoria em relação ao futebol em si. Não condeno os que fazem seu trabalho encarando os problemas diários encontrados na equipe e fora dela, além do mais sempre fomos respondidos, ou com novas contratações, com novos técnicos e com investimentos fora de campo. Talvez nem tivéssemos de que reclamar se o futebol fosse baseado na ideia de “vitrine supérflua”, não deixa de ser, mas ignorando o estilo e a firula, os mais críticos preferem se dedicar exclusivamente aos capazes de assinalar os erros em campo e não de descartá-los, e é então neste ponto que a discussão se inicia.

Iniciou o campeonato Gaúcho e desde então a busca por nomes fabulosos não parou, até cheguei a pensar que estes viriam, até por que a imprensa não parava de anunciar grandes nomes do futebol, justamente os que seriam cabíveis aos setores carentes, porém fomos surpreendidos com a confirmação de Pará, um lateral direito (indicado por Luxemburgo) sem função (hoje) no time. Um setor que sequer é prioridade não deve ser mudado, assim como comprometer as funções e respectivamente os resultados dos que estão rendendo positivamente no grupo, não cabe a uma diretoria irresponsável e pouco conhecedora de nossas necessidades.

E é por estes e tantos outros motivos, não apenas relacionados ao caos que virou as contratações, mas também à polêmica envolvendo técnico, que devemos baixar a cabeça e analisar o que nos cerca, o que de certa forma é a realidade mais próxima a nós. Falo de Internacional hoje como forma de reflexão ao momento crítico e pouco produtivo que estamos passando. Seria interessante se tanto torcida como dirigentes avaliassem o time rival, e observassem como se sustentam há anos com uma base intacta, sem precisar causar um furdunço todo início de temporada. Por mais difícil que seja, é previsível que eles tenham muito mais a ganhar do que a perder.

Então não é por aí. O que todos estão fazendo dentro do clube hoje é dando tiro no próprio pé, tentando mascarar o Grêmio com um time provisório que tem um futuro muito imprevisível. Enquanto insistirmos na besteira de somar jogadores a um elenco sem fim e sem retorno, estaremos provavelmente pedindo que nos tirem de qualquer disputa final de campeonato. Os prazos estão se encerrando para o Grêmio, assim como as chances de iniciar um segundo turno com resultados favoráveis e um ano definitivamente com tudo, menos com “cara” nova.

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