O histórico do confronto entre Bahia e
Grêmio gera incômodo, pelo menos a mim. Não é de hoje que tentamos entender
como os jogos envolvendo estes dois adversários geram tamanha tensão e
competitividade em campo, longe de estar desmerecendo o futebol que tem o
Bahia, apenas buscamos uma explicação lógica, matemática, para os resultados
que envolvem times de pontas de tabela totalmente distintas. O tabu foi
quebrado e o jejum já se passou a tempos, um Grêmio forte e muito superior ao
seu adversário (ao menos na teoria), sofreu e pecou muito nas finalizações,
resultando assim em um placar muito menor do que seria se houvesse um pouco
mais de comprometimento e determinação da equipe de Luxemburgo.
O fator local de certa forma sempre
foi um problema para o Tricolor Gaúcho, citar aqui as obrigações do Grêmio não
muda a lógica se este mesmo time não tiver uma preparação ao menos psicológica
para enfrentar a torcida adversária. Ou seja, será sempre um jogo para ser
disputado palmo a palmo, uma corrida frenética e estressante atrás da vitória, independente
se este adversário estiver ou não qualificado e competindo diretamente a vaga. O
problema então não cai nas mãos de Luxemburgo, mas de todo um time que precisa
rever o significado das expressões “qualidade técnica”, “superioridade” e “objetivo
final” se quiser garantir a vaga.
Não
se dá conta, ou não quer se dar os que ainda de alguma forma querem corrigir o
Grêmio. A melhor forma de dar continuidade estava em campo, temos sim um time com
capacidade, com qualidade, sempre tivemos, está aos nossos olhos para quem ainda
duvida, Kleber, Elano, Marcelo Moreno, Zé Roberto, Anderson Pico e outros mais,
um time de peso, um time sem determinação. Confesso, eu não consigo me dar
conta, não entendo a lógica irracional do futebol, de como brilham e se apagam
tão rapidamente, a maneira como o teatro e a armação se englobam nessa ironia,
a tal ironia que diz não almejar apenas uma vaga, mas sim um título.
Lamento, e muito. O Grêmio tem uma das
propostas mais convincentes do campeonato, mas hoje contra um adversário que já
nos deu muita dor de cabeça era no mínimo evidente que estivéssemos preparados
para a superioridade. Momento de repensar e de reafirmar um conceito dentro do
Grêmio, a contagem regressiva acabou de começar, um ponta pé a mais para
acordar muita gente.
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