A história se mantém a mesma, talvez o único ponto que
diferencie o jogo desta noite do jogo contra o Vasco seja o contexto que
envolve o adversário. Separar copa do Brasil e campeonato Brasileiro é
essencial, assim como a escolha dos jogadores para ambas as partidas, quando se
tem essa escolha. Entre as três partidas que teremos contra o mesmo adversário,
essa era a que tiraria inúmeras dúvidas e talvez alguns pesos, era a chance que
o Grêmio tinha para testar seu sistema tático que, nesta partida, permitia
utilizar jogadores fora de suas devidas posições e funções. Além disso, este era
um jogo para marcar pontos, analisar o time como um todo e de separar a questão
pessoal da questão profissional. Um jogo de segunda rodada, uma segunda chance
para entrar com o pé direito no Campeonato Brasileiro.
Indiscutivelmente o Grêmio jogou mais, foi para o ataque,
driblou e conseguiu roubadas de bola com perfeição. Porém um único momento foi necessário para que
tudo isso se perdesse, mais um pênalti perdido, talvez questão emocional,
talvez questão de treinamento, porém totalmente inaceitável. Inaceitável por
ser o segundo em dois jogos, mas também por mudar totalmente a atuação que
antes beirava o espetáculo. Neste momento é importante que o Grêmio tenha
volume de jogo, mas não podemos nos render ao fato de que não fomos
suficientemente produtivos para que houvesse alguma vantagem sobre o
adversário. A chance clara foi o pênalti, e mesmo com mais volume de jogo,
tanto os meias, quanto os atacantes raramente infiltraram e tiveram jogadas
individuais.
O jogo de hoje foi a projeção dos últimos jogos da Copa do Brasil, Pará se
destacou, mas sentimos falta de Kleber e Bertoglio, pelo fato destes serem totalmente
decisivos dentro da equipe. Miralles, que estava se afirmando, por lesão foi
substituído por André Lima, uma situação preocupante, até porque para o jogo de
hoje ou para uma situação emergencial André conseguiu resolver. Porém para os
próximos jogos, onde é bem possível que Miralles esteja ainda em recuperação, o camisa 99, por falta da habilidade decorrente de suas más atuações, não consiga
ser tão útil a ponto de substitui-lo.
Faturamos a partida com um resultado miserável para quem a comandou
na maior parte do tempo, ou seja, o Grêmio precisa estar ciente de que este mesmo
time o enfrentará mais duas vezes, exigindo assim alguém que tenha um drible
mais limpo, uma individualidade clara e objetiva para que a finalização
aconteça com mais frequência. O Grêmio jogou bem e parece estar se consolidando
a cada partida. Reparos são incontestáveis, mas isso nada mais é do que falta
de treinamento e preparo físico, algo que precisa ser trabalhado se Luxemburgo
realmente almeja um título.
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