domingo, 26 de agosto de 2012

Em seu devido lugar

Espetáculo, aquilo que chama e prende a atenção. Definido desta forma pelo dicionário, hoje me dou o direito de dar à palavra um sentido muito mais amplo. O contexto em si já engloba dois grandes clubes tradicionais, ambos com um mesmo objetivo, este muito menor do que a definição de um clássico Gre-nal. Números hoje não foram capazes de inferiorizar a mística que envolve o clássico, assim como sempre foi, Grêmio e Internacional entraram em campo como incógnitas, jogaram em estádio, gramado, tempo e ânimo típicos de um dos maiores (se não maior) confronto, de equipe e torcida, existente no futebol. Um jogo pesado que merece ser reconhecido aqui como um tremendo espetáculo.

O que deu a vitória ao Grêmio foi um diferencial muito pouco visto em clássicos anteriores. Enquanto uns guardam a sete chaves a escalação, Luxemburgo apostou na mesmice tanto no meio campo quanto no ataque, como tinha uma forma de jogar pronta não impôs surpresas, muito pelo contrário, abusou da naturalidade do comportamento dos atletas. A forma como o Grêmio joga hoje, utilizando o meio campo e ataque que construiu ao decorrer dos jogos, tende a dar certo na maioria deles. Pará na direita e Anderson Pico na esquerda conseguem converter problemas na função, dando tranquilidade para que principalmente Elano, Zé Roberto, Marcelo Moreno e Kleber articulem-se da melhor forma possível no ataque.

O fato é: o Grêmio definiu um modelo de jogo e é isso que está dando certo. Claro que vamos ter cautela, mas o importante agora é ter uma forma de jogar que pode ser chamada de “nossa”. O que preocupou hoje foi a saída de Elano logo no início da partida, não a ausência em si, mas como este jogador se tornou fundamental na equipe. Marquinhos, que inclusive muito está fazendo pelo tricolor, defende a função bem, porém não com a qualidade que tem o número 7. Um futuro problema, mas pequeno se tratado com urgência.

Não sei se há sensação mais agradável e prazerosa do que vencer um Gre-nal. É inexplicável o que se sente no grito do gol, ou na aflição dos minutos finais. Mas o clássico de hoje teve um sabor diferente, talvez por ter sido sondado e muito mal elaborado pelos donos da “casa”. A recepção nada calorosa e um tanto “molhada” só nos dava mais motivos para querer esta vitória. Veio cedo, clara e objetiva, assim como se fosse um agradecimento especial aos colorados que nestas últimas semanas não souberam colocar a educação em prática. Um banho de água fria, e um “bem vindo” todo simpático aos MIL colorados que estarão presentes no último GREnal deste ano.

Saudações Tricolores. 

2 comentários:

Nair Angélica disse...

Ana Laura, sou suspeita em falar, mas só não entende porque você ainda não está em um meio de comunicação maior!!!

Ana Laura Comassetto disse...

Muito obrigada Madrinha, tem muita gente boa no mercado do jornalismo esportivo, mas minha hora vai chegar.