quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A filosofia explica

(Foto: Edson Castro/Futura Press)


“A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos”- Barão de Montesquieu. Se no século XVII a frase já tinha efeito imenso sobre as pessoas, hoje é a confirmação do que ocorre com nosso país em termos tanto políticos quanto sociais. Mas como falamos de futebol por aqui me achei no absoluto direito de leva-la a campo, não por ter a obrigatoriedade de usa-la e sim por realmente enxergar que toda a bagunça vista no primeiro e pouco no segundo tempo se encaixava perfeitamente nesse conceito.

O esquema mais “aberto” proposto por Caio mesmo antes de o jogo começar dava a certeza de que não funcionaria, não que a intenção não fosse boa, nada disso, mas depois de 5 jogos e 2 derrotas é considerado incompetência insistir no mesmo erro. Nada relacionado ao sistema tático, mas sim à obsessão de manter Marquinhos como segundo volante e Leandro como armador, o erro não só custou um gol, como abalou toda a estrutura do time. Uma decisão inadmissível, por um frenético, mais um de tantos que já passaram por aqui.

Ficou claro, o Grêmio adotou uma forma de jogar que só pode estar certa por acaso, não conseguindo penetrar pelo lado esquerdo acaba pecando na criação, na qualidade e na posse de bola reconhecidas nas constantes derrotas. Falta um armador, falta alguém de qualidade que tenha a criatividade para fazer com que a bola chegue á Moreno e Kléber, falta efetividade nas cobranças de falta, falta técnica para colocar jogadores em suas devidas funções e assim voltar a jogar dentro do campo do adversário e criar chances de gols. Não falta muito, é apenas questão de bom senso.

Com a vitória (escancarada na única jogada certa que Grolli fez esse ano) é preciso colocar a cabeça no lugar, se começamos mal o campeonato é por que estávamos mal escalados e também pela falta de qualidade em alguns setores. Não temos outra justificativa se não acreditar que seja culpa de Caio, e nem crer que este perdure por muito mais tempo dentro do Grêmio. Estamos pagando pelos erros de apenas uma pessoa, inaceitável, mas por enquanto é o que temos.

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