segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O imprevisível vencendo o favoritismo



Não me dei o trabalho de procurar lugares que passassem o tal de Grenal para assistir (afinal aqui ou você é galo ou é raposa, até vá lá flamengo ou fluminense, mas nem o América-MG ganha espaço nesse mundinho), apenas sentei em meu sofá e na voz de Pedro Ernesto acompanhei um jogo estranho. Não existia favorito (disseram uns) ao título de melhor em campo, nem vencedor a pronta entrega, era para ser mesmo um clássico meia sola, desqualificado e apático. Pura demagogia de minha parte.

A escalação foi genial e abriu portas que Roth nem sabia que existiam, três articuladores, dois deles fundamentais para a vitória, um time de classe, mas, imprevisível. Na verdade o Grêmio em geral foi o articulador do profissionalismo, se bem que do outro lado não se viu nada. O que era para ser sonolento tornou-se uma dose de cafeína com uma pitada de bizarrice por parte da (sempre) arbitragem vermelha, 3 pênaltis para 1 marcado, novidade? Nenhuma, nada que impedisse a comemoração azul.

Chegou ao fim da partida e a vitória podia ser confundida com a final do Mundial, carreatas nas ruas, ênfase demasiada em cima da vitória sobre o campeão da Recopa, e jogadores tentando explicar a emoção por meio da tabela do Brasileiro. Desmereceremos jamais, ainda mais uma vitória digna como esta, mas pensemos, se Grenal tão tem obviedade, outros jogos portanto chegam com o placar destacado nas chuteiras, não que seja alusão ao jogo de quarta, de maneira alguma, mas e se for? Preocupante!

Vencemos e somos donos de um título à parte do campeonato brasileiro, comemoramos ao som dos cânticos da geral e da própria mágoa amarga de outros na noite de domingo, e mesmo sem troféu na sala dormimos tranquilos, pelo menos até quarta-feira. O otimismo pode até ter um toque de ironia, mas não pode se deixar de lado sabendo que Porto Alegre nunca amanhece do mesmo jeito no dia seguinte.

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